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Vítor Guia sem confiança política

Vítor Guia sem confiança política

PS da Golegã toma posição a favor do presidente da câmara

A concelhia do PS da Golegã retirou a confiança política ao vereador da Câmara da Golegã, Vítor Guia, que em Junho do ano passado deixou de exercer o cargo de vice-presidente devido a incompatibilidades com o presidente do município Veiga Maltez (PS).

O partido considerou que Vítor Guia usou o processo que previa a integração da freguesia escalabitana do Pombalinho no concelho da Golegã - com consequente amputação de parte da freguesia de Azinhaga - contra o presidente da câmara, Veiga Maltez, eleito como independente na lista socialista. Um projecto de lei aprovado em Dezembro na Assembleia da República que o Presidente da República acabou por não promulgar.A concelhia socialista da Golegã, presidida por Rui Medinas, entende que o vereador teve a intenção de “atingir, propositadamente, o presidente da autarquia evidenciando deslealdade e má fé, prejudicando o PS e beneficiando a CDU”, pode ler-se num comunicado posto a circular na Golegã.Recorde-se que Vítor Guia envolveu-se na contestação ao projecto-lei que “roubava” 400 hectares à freguesia, atribuindo-os à freguesia de Pombalinho. Contestou ainda as novas fronteiras que resolviam o problema no lugar de Casal Centeio, que passaria a pertencer todo à freguesia de Pombalinho, mas que dividia o lugar de Mato Miranda, que integra a Azinhaga, por duas freguesias. Para além de Vítor Guia, outros dois autarcas independentes eleitos pelo partido, o vereador Francisco Alcobia e o presidente da Junta de Freguesia da Azinhaga, Francisco Asseiceira, também viram ser-lhes retirada a confiança politica.Vítor Guia, que garante não ter sido ouvido por ninguém do partido, prefere guardar a sua posição para depois da realização de uma reunião extraordinária da concelhia socialista, da qual faz parte, que entretanto requereu. Além do processo de divisão administrativa, a concelhia so-cialista fundamenta a sua decisão no polémico assunto de alteração da dotação financeira para a freguesia da Azinhaga, chumbado pela bancada do PS na assembleia municipal. A atitude de Vítor Guia e de Francisco Asseiceira “tem como principal objectivo prejudicar o PS e não, como se pretende fazer crer, a satisfação das reais necessidades daquela freguesia”, afirmam os socialistas.Por tudo isto, o PS considera que houve “uma combinação premeditada e indisfarçável” que apenas “serve interesses de natureza pessoal, ambições ilegítimas e vinganças pessoais, em detrimento dos verdadeiros interesses do concelho”.O PS acusa ainda Francisco Asseiceira de ter “enfiado a cabeça na areia” e de ter “sacudido a água do capote” relativamente ao processo do Casal Centeio. Diz ainda que o autarca da Azinhaga tem falta de liderança e “permite que Vítor Guia acumule as funções de vereador e de presidente da junta e que Lúcio Oliveira acumule as funções de membro da assembleia de freguesia – eleito pela CDU - e de presidente da junta”.O presidente da Junta de Freguesia de Azinhaga, que apesar de nunca ter sido filiado no PS sempre se candidatou por este partido, devolve as acusações. “A questão do processo de Casal Centeio é pura mentira. Foi uma invenção da comissão política porque não quisemos seguir as suas orientações”, afirma, argumentando que o partido queria que ele se aliasse ao presidente da câmara para aumentar a área concelhia com a freguesia do Pombalinho.“O concelho ficava maior, mas a Azinhaga perdia 400 hectares. Fui eleito pelos azinhaguenses e é a eles que defendo. E se fosse hoje agiria da mesma maneira”, reforça.Quanto ao aumento das verbas para a Azinhaga ao abrigo do protocolo de delegação de competências - chumbado pelos socialistas na última assembleia municipal por se considerar que a proposta não esteva devidamente fundamentada -, Francisco Asseiceira diz que a junta vai retomar o processo e apresentar a relação das verbas que gasta. “Não queremos nenhuma alteração ao protocolo, mas queremos ser tratados da mesma forma que a Golegã”, concluiu.Margarida Trincão
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