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O fim anunciado dos esgotos a céu aberto

O fim anunciado dos esgotos a céu aberto

Câmara de Santarém adere à empresa Águas do Ribatejo

A adesão do município de Santarém à empresa Águas do Ribatejo vai permitir o acesso a cerca de 30 milhões de euros para investimento na área do saneamento básico nos próximos quatro anos.

Dentro de quatro anos poderá deixar de haver esgotos a céu aberto a correr no concelho de Santarém, caso se cumpram os investimentos consequentes da adesão do município à empresa intermunicipal Águas do Ribatejo.O último passo do processo, que se arrastou por mais de um ano, foi dado na noite de segunda-feira quando a Assembleia Municipal de Santarém aprovou a integração na entidade de capitais públicos e privados que vai gerir as redes de abastecimento de água e de saneamento básico em nove concelhos da Lezíria do Tejo.Uma decisão que, segundo as previsões apontadas, vai permitir o investimento de cerca der 30 milhões de euros no concelho de Santarém nos próximos quatro anos, sobretudo na área do saneamento básico. Actualmente decorre o concurso internacional para escolha do parceiro privado que vai ter 49% do capital social da empresa. Os municípios dividem o restante.Vencidas as reticências do PSD, que viu acolhidas algumas das sugestões avançadas, só a CDU manteve o discurso contrário à adesão, acusando a câmara de “ceder ao poder económico” e de “alijar responsabilidades” relativamente à prestação de um serviço público. José Luís Cabrita manifestou ainda dúvidas de que os investimentos projectados sejam cumpridos. Por isso a sua bancada votou contra.O PSD, que acabou por se dividir na hora do voto – os presidentes de junta votaram a favor, o resto da bancada absteve-se -, alardeou o acolhimento das suas propostas, como a modificação do processo de escolha do parceiro privado, bem como a garantia da fixação da sede da empresa em Santarém e que os aumentos do preço da água nunca sejam superiores à taxa de inflação.O PS, pela voz de Pedro Braz, afirmou “acreditar profundamnente no projecto” e salientou que a adesão permite aproveitar os fundos de coesão comunitários disponíveis para esse tipo de intervenções. Uma intervenção secundada pelo presidente da assembleia municipal, José Miguel Noras (PS), que afirmou ser esta a única opção credível para obter financiamento visando a resolução dos problemas ao nível do saneamento básico. O autarca lembrou ainda que está garantida por lei a salvaguarda dos direitos dos trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Santarém.Com a adesão consumada, o presidente da Câmara de Santarém, Rui Barreiro (PS), anunciou que na próxima reunião do executivo vai ser apresentada uma proposta visando delegar na Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo – que está a conduzir o processo de criação da empresa – todos os actos concursais com vista às obras de saneamento básico no seu concelho. Uma medida que já foi adoptada por outros municípios aderentes.
O fim anunciado dos esgotos a céu aberto

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