Os palhaços Totó e Zequinha
Constituíram uma parelha de palhaços em 1978. Fernando Grácio fazia de palhaço Totó e Vítor Águas era o palhaço Zequinha. Nomes que mantiveram até hoje. Actuam de improviso aproveitando a grande capacidade de Vítor para contar anedotas que adapta aos espectáculos. Chegaram a actuar em dois casamentos e num baptizado. Actualmente já actuam muito poucas vezes porque Vítor Águas, 60 anos, tem problemas de visão. Ambos faziam parte do GETAS- Grupo Experimental de Teatro Amador do Sardoal, localidade de onde são naturais. Um dia uma antiga fábrica de malas do concelho queria dar uma festa para os filhos dos funcionários. À falta de voluntários Vítor ofereceu-se e Fernando juntou-se por solidariedade. Os fatos foram feitos pela mulher do palhaço Zequinha.Nos primeiros três espectáculos ainda fizeram ensaios. Mas a partir daí era tudo de improviso. As pinturas da cara eram feitas pelo funcionário administrativo Fernando. Só recebem dinheiro para custear as deslocações. O resto é feito por paixão de representar, de fazer rir, de ver as crianças felizes. Chegavam a ter duas actuações no mesmo dia. Uma vez foram de Santa Margarida para a sede de concelho, Constância, vestidos de palhaço dentro do carro. Uma patrulha da GNR ficou boquiaberta com a situação e lá tiveram que explicar que eram palhaços, lembra Fernando Grácio, oito anos mais novo que Vítor. Quando vestem a pele de palhaços esquecem-se dos problemas da vida, abstraem-se. Aliviam o stress. E nem levam a mal que um dia uma criança tenha mandado uma paulada no peito do pé do palhaço Totó. Ela queria só confirmar se o pé era tão grande como o enorme sapato, depois de ter batido com o pau na biqueira.
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