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Carlos Silva nas mãos da direcção nacional

PS de Tomar indicou candidato à câmara que uma facção contesta

A concelhia do PS de Tomar indicou sábado o seu candidato à presidência da câmara. Carlos Silva foi o único militante a avançar mas o seu nome é contestado por uma facção interna. A distrital socialista apoia a candidatura, que terá ainda de ser ratificada pelos órgãos nacionais do partido.

Carlos Silva, ex-presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais (1993/97) e actual funcionário das finanças, foi indicado pela concelhia do PS de Tomar como candidato à presidência da câmara nas próximas eleições autárquicas. O militante foi o único que mostrou a sua disponibilidade para avançar na reunião da comissão política realizada no sábado.Contudo Carlos Silva ainda não é candidato oficial, uma vez que não conseguiu obter votos suficientes para garantir a aprovação do seu nome. Após duas votações - a primeira em que era necessário o “sim” de dois terços dos membros da comissão política, a segunda em que três quartos dos presentes teriam de aprovar – o escrutínio foi idêntico: 17 votos a favor, 13 contra.Perante este quadro, em que o candidato sai naturalmente fragilizado, a comissão política concelhia reuniu-se na segunda-feira à tarde com o secretariado da Federação Distrital do PS, dando-lhe conhecimento do resultado da votação e apresentando o seu candidato “oficioso”.Apesar da polémica que tem envolvido a concelhia socialista de Tomar, a distrital optou por não avocar o processo da escolha do candidato naquele concelho, não se opondo ao nome de Carlos Silva.O presidente adjunto da federação afirmou ao nosso jornal “ver com alguma preocupação” o que se tem passado em Tomar, particularmente dado o tempo que falta para as eleições autárquicas, mas acredita que Carlos Silva pode ser a alternativa à liderança da câmara.Fernando Pratas deixa no entanto um alerta: “Esta é uma candidatura que irá dar muito trabalho a todos quantos a apoiam”. Porque o tempo urge e, como disse, não é fácil lançar um nome numa cidade onde nos últimos anos se criou um vazio em termos de uma candidatura credível.“O Partido Socialista de Tomar tem de ter mais que um candidato. Precisa de um grupo de trabalho coeso, mais do que uma cara”.Coesão e espírito de grupo é que parecem estar longe de existir entre os militantes socialistas de Tomar. Após a apresentação de Carlos Silva, um grupo de militantes e membros da comissão política concelhia – congregados na plataforma Novas Fronteiras de Tomar – garantiu que avançará rapidamente com o nome de outro candidato à câmara.António Mendes, deputado municipal e porta-voz da plataforma, afirmou estar apenas a aguardar pela aprovação da direcção nacional do partido para que o nome avance. Os membros da Plataforma Novas Fronteiras para Tomar tem enviado à estrutura nacional do PS toda a documentação relativa ao teor das últimas reuniões da comissão política, nomeadamente aquela em que foi pedida a demissão do actual líder concelhio do PS.Apesar de ter muitas baterias apontadas a si, Luís Ferreira afirma-se sereno e acredita que na próxima reunião da comissão política – que em princípio ocorrerá no fim de semana do 25 de Abril - o nome de Carlos Silva vai ser aprovado pela maioria.Quanto à anunciada intenção de um grupo de membros da comissão política apresentar outro candidato, o líder da concelhia é peremptório – “a apresentação de candidatos decorreu até à tarde do último sábado, dia 9. Em termos do regulamento da comissão, que foi aprovado em Julho do ano passado, não é possível apresentar agora qualquer outro candidato”.

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