Paulo Fonseca, novo Governador Civil de Santarém, vai suspender o seu mandato de presidente da Federação Distrital do Partido Socialista (PS), passando a ser substituído na liderança pelo presidente-adjunto Fernando Pratas, vereador do PS na Câmara Municipal da Chamusca. Em declarações a O MIRANTE, Paulo Fonseca afirmou que esta decisão não se baseia em nenhum imperativo legal tendo a ver com uma questão pessoal e de ética. “Não faz sentido um governador civil andar a fazer campanha por um partido”, referiu o político de Ourém, adiantando que enquanto exercer o cargo para o qual foi nomeado pelo Governo não dará a cara pelo PS.Paulo Fonseca irá agora convocar o secretariado da Federação Distrital do PS para formalizar a sua decisão, sendo que nessa mesma reunião será também nomeado um porta-voz que será responsável por toda a comunicação da Federação.Apesar de não ser efectivamente substituído no cargo (apenas nas funções), o novo governador civil de Santarém referiu ainda que a estrutura da Federação do PS será liderada pelo presidente-adjunto, Fernando Pratas, actual vereador na Câmara da Chamusca. Isto numa altura sensível, em que o processo de escolha dos candidatos às eleições autárquicas de Outubro está no auge.A nomeação de Paulo Fonseca para governador civil de Santarém abriu mais uma vaga no grupo de seis deputados eleitos pelos socialistas no círculo de Santarém. Sónia Sanfona, advogada de Alpiarça e nona na lista às legislativas de 20 de Fevereiro último, é o nome que se segue.Recorde-se que, além de Paulo Fonseca, Jorge Lacão e Idália Moniz foram nomeados para secretários de Estado abrindo vagas na bancada parlamentar socialista a António Gameiro e Nuno Antão, sétimo e oitavo da lista respectivamente. Dos deputados do PS inicialmente eleitos por Santarém mantêm-se em funções na Assembleia da República Vitalino Canas, Nelson Baltazar e Fernanda Asseiceira.