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Manuel José Úrsula continua presente

Entrada de Touros de Quinta-Feira de Ascensão uma tradição sempre nova

A entrada de touros de Quinta-Feira de Ascensão é um dos pontos mais altos dos nove dias que vão animar a Chamusca. A ganadaria de Manuel José Úrsula, falecido há um ano, continua ligada ao ex-libris da festa.

Desde que há vinte anos a festa tomou os moldes com que decorre actualmente, e regressou a tradicional entrada de touros pela rua principal da vila, Manuel José Úrsula teve sempre um papel preponderante na sua organização. Este ano já não vai estar presente em vida, mas o seu espírito vai de certeza acompanhar toda acção.O ganadeiro chamusquense Manuel José Úrsula tinha o espírito de um homem do mundo, mas era humilde e generoso. Embora vivesse em Santo Estêvão (Benavente) há mais de quarenta anos, sentia um orgulho enorme na “sua Chamusca”. Faleceu há pouco mais de um ano, mas até na morte foi generoso e deixou o seu legado de orgulho aos seus descendentes.A exemplo do que aconteceu o ano passado, a entrada de touros deste ano vai continuar a ser organizada e coordenada pela família de Manuel José Úrsula. É o seu filho mais novo, Gabriel que trata de tudo o que é necessário para que a acção continue a ser um êxito e um dos ex-libris da festa. “É preciso muito trabalho, tirar muitas horas de descanso à nossa vida, mas é ponto de honra para toda a nossa família respeitar e continuar a obra do meu pai”.Por isso, já está tudo tratado para que a entrada de Quinta-Feira de Ascensão, na Chamusca, se realize mais uma vez soube a égide da família Úrsula. “Os touros que não podem ser puros (ou seja touros que ainda não foram corridos) são de José Luís Dias, um homem que, mesmo na sombra, sempre tem colaborado connosco na organização da festa”, referiu Gabriel Úrsula.Este ano houve dificuldades acrescidas na organização da entrada. “O problema da doença da língua azul nos animais obrigou a trabalho redobrado, principalmente no tratamento de papelada, porque no resto tudo correu normalmente”, garantiu Gabriel Úrsula.Os cabrestos que acompanham os touros têm sido na maior parte dos casos cedidos pela família Úrsula, mas, segundo Gabriel, têm tido a colaboração desde a primeira hora dos ganadeiros João Ramalho e José Luís Dias. “Dois homens que nos têm dado a sua amizade e a sua colaboração”.São aliás os campinos destas duas casas que sempre acompanham a entrada de touros. “Só preciso de chegar até eles para lhes dizer o dia da entrada, porque estão sempre disponíveis e dispostos a colaborar”, garantiu Gabriel Úrsula.Tudo está preparado para a festa e para manter a tradição, que Gabriel Úrsula garante não terminar enquanto a família tiver alento para continuar a colaborar com a organização da Festa da Ascensão. “A memória do meu pai, o carinho que ele tinha pela sua terra, e que as pessoas da Chamusca sempre lhe transmitiram, e que ele soube transmitir-nos a nós, obriga-nos a continuar e a contribuir para que o êxito se renove todos os anos. O carinho que a Chamusca continua a ter pelo meu pai toca-nos muito no coração”, conclui.

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