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Investimento em queda

Oposição vota contra relatório de contas da Câmara de Torres Novas
O investimento no município de Torres Novas atingiu o valor mais baixo dos últimos três anos, representando cerca de metade do concretizado em 2002. A este facto alia-se o aumento das despesas correntes, enquanto as receitas de capital se ficaram por apenas 19 por cento do previsto. Estes foram os principais argumentos para os vereadores da oposição na câmara, PSD e CDU, votarem contra as contas da autarquia, referentes a 2004, que foram aprovadas com os votos da maioria socialista.Em 2002 o investimento municipal foi de 11 milhões de euros, em 2003 desceu para 9,559 milhões e em 2004 ficou-se pelos 6,340 milhões, valores constantes no relatório de gestão de 2004, discutido a 19 de Abril pelo executivo.Igualmente criticado foi o empolamento das receitas de capital, apenas concretizadas em 19,9 por cento, para dar cobertura às despesas. Nomeadamente a rubrica referente à venda de terrenos que atingiu em 2004 o seu valor mais baixo - apenas 2 por cento do previsto.A declaração de voto dos socialistas menosprezou as críticas. Começa por elogiar a forma como o documento foi elaborado, facto também salientado pela oposição, e foca dois aspectos na sua análise das contas: os resultados líquidos da autarquia e a evolução da sua dívida global. “E ambos são positivos. A Câmara Municipal de Torres Novas apresenta resultados positivos – lucros em linguagem empresarial – no montante de 3,709 milhões de euros (cerca de 750.000 contos) e viu a sua dívida baixar no ano de 2004 no valor aproximado de 357 mil euros (70 000 contos)”. Pelas contas da bancada rosa “atingir 82,7% de execução do Plano de Actividades de 2004, sendo inédito, reflecte também um maior realismo na elaboração do próprio Plano de Actividades e o esforço feito no ano transacto”. A oposição consegue apenas encontrar uma percentagem de execução de 67,8 por cento. Diz a CDU que dos 7,067 milhões de euros previstos, apenas se realizaram obras no valor de 4,796 milhões de euros”.Mas tão ou mais importante que as contas é a política de desenvolvimento seguida pela gestão socialista. Carlos Tomé, vereador da CDU, considera que o desenvolvimento do concelho “não pode ser apenas visto à base da quantidade de alcatrão que a câmara disponibiliza. Existem sectores fundamentais, como por exemplo o saneamento básico, o ambiente, a educação, a cultura e o ordenamento do território, que continuam a ser esquecidos com investimentos muito inferiores aos níveis aceitáveis”.Para o PSD, “nem as previsões orçamentais foram realistas nem o previsto em plano de actividades, ou o agora chamado Plano Plurianual de Investimentos (PPI) tem vindo a ser realizado em níveis aceitáveis”. E reforçam o argumento com o próprio relatório “o montante de investimento executado ficou no geral bastante aquém do previsto no PPI - 41,8% se tivermos em atenção a despesa facturada e de 22,8% se tivermos em consideração a despesa paga…”.

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