Na sua juventude foi campeão nacional de corta-mato, vocalista e guitarrista num grupo de baile e começou cedo na militância política e partidária, através da Juventude Socialista. Hoje, aos 41 anos, Paulo Fonseca é Governador Civil de Santarém, empresário e o tempo não lhe permite alimentar a paixão pelos livros e pela leitura.Na sua casa em Ourém possui uma biblioteca “bastante razoável” mas o que lhe sobra em livros falta-lhe em tempo para o “vício” da leitura. Para se deliciar com obras como “A Mãe”, do russo Máximo Gorki, uma das que mais o marcou. Paulo Fonseca, 41 anos, tem hoje muito com que se preocupar. Recentemente foi nomeado Governador Civil de Santarém, é sócio de uma empresa do ramo imobiliário e acumula ainda a presidência da direcção dos Bombeiros Municipais de Ourém e de um jardim-de-infância local. “As duas maiores associações da cidade”, sublinha.Longe vão os tempos em que praticava atletismo no Centro Desportivo de Fátima, clube pelo qual se sagrou campeão nacional de corta-mato por equipas, embora não fosse dos atletas mais destacados.Ou a época em que subia com o seu conjunto aos palcos das festas da região para animar os bailaricos. Era vocalista e guitarrista dos Night Stress. Usava cabelo um pouco comprido e tinha como inspiradores o mítico vocalista do grupo norte-americano The Doors, Jim Morrison, e o não menos carismático Mick Jagger, dos Rolling Stones. Mas, ao contrário dos seus ídolos, nunca sentiu de perto o assédio das fãs - “Infelizmente”, diz com humor.Casado e pai de um casal – o rapaz com 10 anos, a menina com dois anos e meio -, Paulo Fonseca pouco tempo tem para além da actividade política, empresarial e associativa. As férias são habitualmente passadas no Algarve, embora goste de viajar. O Rio de Janeiro foi um destino que o marcou. Praga, capital da República Checa, é a cidade que gostava de conhecer.Desde cedo que se tornou militante da Juventude Socialista, de que chegou a ser líder distrital. Formou-se em Contabilidade e Gestão de Empresas, foi bancário, deputado e vereador na Câmara de Ourém.A política e os negócios tornaram-no um ser mais sedentário. As sapatilhas e a guitarra foram postas de lado. Apesar de continuar a gostar de música – “de todo o tipo, desde que não seja apimbada”- e de desporto. É adepto do Sporting mas ainda não foi conhecer o novo estádio dos “leões”.O médico já lhe recomendou que fumasse menos – fuma um maço por dia -, mas tem sido difícil cumprir o conselho. Durante a entrevista fumou quatro ou cinco cigarros. Uma forma de combater o stress embora se considere uma pessoa de “pensamento positivo” e “optimista”. Ou o seu lema não fosse: “Quem não tem cão caça com gato”.