Fernanda Asseiceira apresentou-se no sábado como candidata socialista à Câmara Municipal de Alcanena. Sem grandes promessas entusiasmou a assistência pedindo a colaboração de todos. Eleita deputada pelo círculo de Santarém nas legislativas de Fevereiro, Asseiceira desistirá do Parlamento caso ganhe as autárquicas em Outubro.A candidata comprometeu-se a ouvir as populações e os presidentes de junta através de reuniões e de uma campanha porta a porta que decorrerá durante os meses de Maio e Junho. “Só depois elaboraremos o programa eleitoral que será de novo sujeito a discussão”, afirmou a candidata que “precisa de todos” para tornar o município de Alcanena mais atractivo e melhorar as condições de vida dos seus habitantes.Em termos político-partidários, Fernanda Asseiceira frisou que mereceu a confiança do PS porque “nunca voltou as costas ao partido”, numa clara referência às autárquicas de 2001 quando em Alcanena os militantes socialistas se desentenderam com a federação distrital e concorreram em listas independentes. Neste município, Luís Azevedo, actual presidente de câmara, constituiu a lista Independentes pelo concelho de Alcanena (ICA) e ganhou por maioria absoluta, com cinco vereadores, ficando o PS com um vereador e o PSD com outro. Fernanda Asseiceira, a quarta da lista socialista à câmara, assumiu o seu lugar de vereadora depois das desistências de Carlos Cunha, Moisés Morgado e Ramos Gaspar.Nesta primeira apresentação dos concorrentes às autárquicas, o PS de Alcanena optou por divulgar apenas o nome da candidata à câmara “mas em todas as juntas já estão famílias constituídas”. O director de campanha é o presidente da Junta de Freguesia da Louriceira, Joaquim Gomes, que em 2001 também se candidatou pelo PS.A apresentação decorreu durante um jantar em que estiveram presentes os deputados Nelson Baltazar, Idália Moniz e Nuno Antão, bem como Fernando Pratas, vice-presidente da federação distrital, e o presidente da concelhia socialista de Alcanena.Para Nelson Baltazar, Alcanena é um dos três municípios que o PS quer recuperar, porque é “hora de mudar”. “O grande desafio é levar à prática a convenção de Lisboa, apostar na qualificação e no crescimento”, afirmou referindo que Alcanena foi o concelho que menos apoios comunitários conseguiu no Médio Tejo.Todos os oradores acentuaram o facto do PS “precisar de todos” e de que a campanha eleitoral não se inicia quando legalmente é autorizada a sua abertura, mas “já hoje” com a transmissão da mensagem no dia a dia, porque os socialistas “acreditam na mudança” e que é possível ganhar Alcanena.Margarida Trincão