Presidentes de câmara do PSD desafiados a candidatarem-se
Distrital elogia também apoio ao independente Moita Flores em Santarém
Os seis presidentes de câmara eleitos pelo PSD no distrito de Santarém têm o aval dos órgãos distritais e nacionais do partido para apresentarem as suas recandidaturas.
O presidente da distrital de Santarém do PSD desafiou na sexta-feira os seis presidentes de câmara do partido na região a apresentarem a sua recandidatura às eleições autárquicas de Outubro. “A distrital vê com os melhores olhos que apresentem a sua recandidatura e submetam o seu excelente trabalho ao sufrágio popular”, declarou Carlos Coelho.O dirigente “laranja” elogiou os “seis grandes autarcas” e as “seis grandes equipas” que gerem as câmaras de Tomar, Ourém, Entroncamento, Mação, Sardoal e Ferreira do Zêzere durante o jantar que assinalou, a nível nacional, o 31º aniversário do PSD. Refira-se que até à data nenhum dos presidentes anunciou a sua recandidatura.O repasto decorreu no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, com a participação de centenas de militantes e simpatizantes e onde o presidente do partido, Marques Mendes, caucionou a recandidatura desses autarcas e o apoio à candidatura do independente Francisco Moita Flores à Câmara Municipal de Santarém.Aliás, Carlos Coelho já havia dito antes que a distrital de Santarém tem seguido as indicações de Marques Mendes e tem escolhido as pessoas mais competentes, mais dedicadas e mais honestas. Um exemplo? Moita Flores. Que foi considerado por Coelho como uma “grande aposta” para Santarém, uma “figura respeitada” e uma “solução ganhadora”.Aliás, Moita Flores arrancou algumas das maiores ovações da noite quando atacou de forma contundente a “gestão desastrosa” que o PS tem protagonizado à frente da Câmara de Santarém ao longo dos últimos 30 anos e “sobretudo no actual mandato”.Com um discurso semelhante ao que apresentou na apresentação da sua candidatura, o candidato apoiado pelo PSD diz que a gestão do socialista Rui Barreiro criou um “embuste político que se apoia na propaganda”, que “não paga às juntas de freguesia e às associações” e que “despreza jovens e idosos”.“A legião de interesses no interior do PS, as guerras de facções, têm sido dos principais contributos para a degradação do concelho”, afirmou Moita Flores, que elogiou o PSD por ter adquirido ao longo dos anos “um precioso património de excelência” mas lembrou também “alguns exemplos de abusos e de desleixo”.Sublinhando a importância da abertura dos partidos à sociedade civil – que o PSD “incentivou” em Santarém -, Moita Flores criticou os socialistas que atacam o PSD por não ter apresentado candidato próprio no concelho optando por apoiar uma candidatura independente. “Os que acusam o PSD de não ter candidato são exactamente os mesmos que cantam loas ao número de independentes que fazem parte do actual Governo”, atirou o candidato realçando que “tem sido um prazer trabalhar e organizar o futuro com o PSD e a JSD”.Propondo-se “salvar Santarém desta degradação já sem limite”, Moita Flores mostrou-se confiante numa “candidatura ganhadora que em Outubro vai trazer uma das mais importantes vitórias autárquicas”.
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