Divino Espírito Santo em congresso
Santarém promove iniciativa sobre a história e a festa
A Câmara de Santarém organiza, de 26 a 28 de Maio, um congresso internacional sobre “O Divino Espírito Santo”, juntando estudiosos da temática na cidade que, segundo a autarquia, “algumas teses apontam como iniciadora do culto”.O presidente da Câmara Municipal de Santarém, Rui Barreiro (PS), apresentou a iniciativa em conferência de imprensa, inserindo-a num esforço da autarquia de “aumentar a procura de turismo religioso”, sentida agora essencialmente em torno do Santuário do Santíssimo Milagre e de promover o concelho.O autarca destacou o facto de o Congresso ir reunir em Santarém “investigadores de gabarito e de grande relevo”, permitindo juntar todas as comunidades que celebram o Espírito Santo, desde as existentes no continente à dos Açores, mas também do Brasil e dos Estados Unidos da América (EUA).Luís Nazaré, da comissão organizadora do congresso, destacou o facto de os Trinitários se terem instalado em Santarém em 1208 (no espaço actualmente ocupado pela Escola Prática de Cavalaria).O responsável também anunciou a edição de uma publicação designada “Roteiro do Divino Espírito Santo no distrito de Santarém”, que resulta de um inventário que foi feito, durante vários meses, e que permitiu, por exemplo, recolher 49 estátuas da Santíssima Trindade.Grande parte dessas estátuas vai estar patente numa exposição que decorrerá durante o congresso, que se vai realizar no Paço Episcopal, numa colaboração com a Diocese de Santarém, disse.Além da abordagem histórica da temática do Espírito Santo, o congresso incluirá a vertente da festa que surge associada ao culto, em particular com a realização do bodo.O programa integra, além de uma festa açoriana, um cortejo à moda da Meia Via, uma coroação à maneira do Penedo (Sintra) e um bodo.Entre os congressistas contam-se o bispo de Santarém, D. Manuel Pelino, que fará uma abordagem teológica do tema, e o cónego António Rego, que abordará as relações, nem sempre fáceis, entre o culto e a Igreja.Os investigadores Maria Helena Coelho (época medieval), Aurélio Lopes (evolução das festas), Luís Mata (presença em Santarém), Ernesto Jana (festas de Tomar), Fátima Reis (o culto na região de Lisboa), Fernanda Enes (Açores), Cáscia Frade (Brasil), Vítor Rosa (EUA), Carlos Azevedo (iconografia) e Roberto Carneiro (a solidariedade nas festas) são outros dos participantes.Lusa
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