Desporto escolar em mega convívio
Mais de dois mil alunos do CAE-LMT tiveram dia em cheio em Rio Maior
Cerca de 2.100 alunos em representação de 45 escolas (66 por cento do total) do Centro de Área Educativa da Lezíria e Médio Tejo (CAE-LMT) reuniram-se, a 11 de Maio, em Rio Maior, numa grande jornada de prática desportiva de 23 modalidades, que foram desenvolvidas ao longo do ano lectivo 2004/2005.
Todas as valências do complexo desportivo de Rio Maior estiveram ocupadas durante o dia. As quartas jornadas começaram às 10h30. No pavilhão multiusos jogava-se badminton, boccia, aeromodelismo, corridas de patins, ténis de mesa e xadrez, além de apresentações de desportos gímnicos e de coreografias de hip-hop.Mais abaixo, no recinto das escolas secundária e da EBI Dr. Fernando Casimiro Pereira da Silva, equipas femininas e masculinas jogavam basquetebol e futebol. Enquanto umas jogavam, outras ficavam de fora à espera da sua vez.Ao lado, num espaço relvado, experimentava-se uma espécie de futbowling, a tentar derrubar pinos com remates a uma bola de futebol, ao passo que uns metros mais adiante, uma fileira de alunos, munidos de arco e flecha, atirava aos alvos.Todos os espaços foram aproveitados. No pavilhão desportivo, o voleibol era a modalidade rainha, além do andebol, ténis e futsal. Nas piscinas era a natação e o pólo aquático.Na pista do estádio municipal praticava-se atletismo. Os jovens estudantes experimentavam o salto em comprimento. Um dos mais novos era Mauro Gonçalves, dez anos, aluno do sexto ano da Escola EB 2/3 José Tagarro, no Cartaxo.Depois de já ter corrido os 60 metros planos, aguardava com expectativa a oportunidade de correr os mil metros. Mauro joga futebol nos iniciados do Sport Lisboa e Cartaxo mas, em Rio Maior, quis experimentar o atletismo. “Na escola pratico futebol, 60 metros, hóquei em campo, andebol, voleibol e basquetebol”, disse a O MIRANTE, enquanto acaba a prova de saltos e esperava pela corrida de mil metros, a sua preferida, garantindo que se ia aguentar bem.Noutra modalidade menos conhecida entre os currículos escolares, cerca de 15 jovens alinhavam-se a fazer pontaria para mais uma sequência de acerto nos alvos. E não houve setas a passar ao lado dos círculos coloridos dos pontos.Entre todos, destacavam-se duas raparigas. Raquel Duarte, 13 anos, do sétimo ano da Escola Secundária de Alcanena. Começou este ano a praticar tiro nas aulas de educação física. “Comecei este ano e estou a gostar muito porque é uma modalidade diferente do habitual e o meu primo até tem um alvo em casa”, afirmou.Da Escola EB 2/3 de Ourém, Cátia Meleiro também praticava o seu desporto preferido. A jovem, de 12 anos, tem habitualmente duas horas de tiro ao alvo na escola e mostrou ser certeira a atirar ao centro do alvo. “É um desporto engraçado que faço há dois anos e também está a ser bonito viver um dia diferente”, contou-nos.Em todas as modalidades os alunos foram acompanhados pelos professores, que davam indicações, apoiavam, ensinavam ou até aconselhavam quem se entusiasmava nos confrontos a ter calma. À tarde decorreu a entrega de troféus. CAE quer difundir mais modalidadesO CAE-LMT conta com cem por cento das escolas oficiais integradas nas actividades do desporto escolar, além de um estabelecimento de ensino profissional e quatro particulares, de um total de 66.Para a coordenadora do sector de desporto escolar do CAE-LMT é uma grande vantagem realizar as jornadas e mostrar a representatividade de desportos praticados nas escolas, reunindo grupos de equipas das mais distintas modalidades. Quanto à situação do desporto escolar, Inês Barroso Lopes considera que o CAE funciona bem devido ao grande esforço feito pelos órgãos de gestão, professores e alunos das escolas no cumprimento dos planos de actividades. “Mas há sempre dificuldade em cumprir quadros competitivos porque abrangemos uma área muito vasta, sujeita a várias deslocações e verbas para transporte das escolas. É uma situação que tentamos reformular todos os anos” acrescenta.Para continuar a desenvolver o desporto escolar, o CAE pretende incrementar a prática de modalidades menos divulgadas, como o hipismo, que já funciona em três escolas. “É mais dispendiosa embora os miúdos não paguem nada, já que são feitos protocolos e parcerias com instituições”, explicou a responsável.É em função de recursos humanos e instalações disponíveis, da formação de professores e da expectativa dos alunos, que se opta pelas modalidades em cada projecto anual de desporto escolar. “A Escola Secundária de Coruche tem aeromodelismo, karting e andebol, enquanto Abrantes tem xadrez, futsal, voleibol ou tiro com arco”, exemplifica.
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