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Ajudar a proteger o ambiente

Ana Farinha é engenheira do ambiente na Câmara Municipal de Azambuja

Controlar os níveis de poluição atmosférica, emitir pareceres sobre descargas de efluentes e sensibilizar os mais novos para a protecção dos recursos limitados do nosso planeta. É este o dia a dia da engenheira do ambiente da Câmara Municipal de Azambuja, Ana Farinha.

Dentro de algumas semanas arrancam em Azambuja as medições de poluição atmosférica nos locais mais problemáticos do concelho. O trabalho da engenheira do ambiente, Ana Farinha, técnica da Câmara Municipal de Azambuja, é acompanhar no terreno o trabalho do Instituto do Ambiente, que irá fazer a monitorização dos valores.A medição da poluição atmosférica é apenas um dos projectos que a técnica está a desenvolver na divisão de ambiente da autarquia. Na forja está também uma iniciativa de recolha de óleos alimentares usados para a produção de bio-diesel.“Estamos a tentar arranjar uma forma de sensibilizar toda a população. Em vez de deitar o óleo usado para o esgoto vamos utilizá-lo na produção de um combustível 50 por cento menos poluente que o diesel comum”, explica Ana Farinha, 25 anos.É a técnica de ambiente que assina também muitos dos pareceres sobre poluição, nomeadamente sobre descargas de efluentes de suiniculturas. Ana Farinha lamenta que muitos dos industriais e empresários a operar no concelho não reconheçam ainda as vantagens de valorizar o meio onde se integram.Grande parte das horas do seu dia são passadas frente ao computador a elaborar relatórios. A burocracia é o que menos agrada à engenheira do ambiente que prefere o trabalho de campo.A técnica está também a trabalhar no projecto de adesão ao Verdoreca (um sistema que consiste na correcta deposição dos resíduos por tipo de material) por parte da hotelaria, restaurantes e cafetarias do concelho.Semanalmente a autarquia recolhe também o papelão porta a porta junto dos estabelecimentos comerciais da vila. Além do trabalho com os comerciantes, a técnica da divisão do ambiente desenvolve também projectos de sensibilização ambiental junto das escolas do concelho.Ana Farinha gosta particularmente do trabalho com os jovens. “Acho que o trabalho do engenheiro do ambiente não deve ser em fim de linha, ou seja na despoluição ou no tratamento de resíduos, mas no início, a montante do problema. As crianças são de facto as mais receptivas para estas questões ambientais. O problema está normalmente nos seus pais”.A engenheira do ambiente lembra que além de reciclar e poupar água e luz o cidadão comum pode também reduzir ao mínimo a utilização de embalagens e materiais. “Vamos ao supermercados e trazemos sacos de plásticos que enchem as nossas gavetas e que depois vão para aterro sanitário. Podemos levar um saco de pano ao supermercado e optar por produtos com menos embalagens”, sugere. A técnica lembra que a maior parte da população só pensa ainda no bem estar momentâneo, esquecendo que o uso incorrecto dos recursos pode comprometer as próximos gerações.Uma das facetas que lhe agradou logo de início no trabalho da autarquia foi a possibilidade de preparar novos projectos na área ambiental para levar o concelho mais além.Ana Farinha está na Câmara de Azambuja há pouco mais de um ano. Começou por efectuar um estágio profissional na divisão do ambiente e acabou por integrar os quadros da autarquia. Antes de iniciar a sua carreira trabalhou como voluntária em algumas organizações não governamentais, nomeadamente com a Liga para a Protecção da Natureza. Ana Farinha considera que a sua remuneração é adequada à função que exerce, mas revela que tem muitos amigos a trabalhar em empresas privadas com poucas condições e vencimento abaixo da média.No seu dia a dia Ana Farinha faz questão de seguir a política de protecção do ambiente que tenta incutir nos outros. Até o transporte utilizado pela técnica, residente no Barreiro, que todos os dias se desloca à Azambuja, é o ecológico comboio.Ana Santiago

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