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Adelaide Cruz

“Nunca fui a pé a Fátima, nem tenho intenção. Até sou um pouco descrente em relação a isso. É óbvio que as pessoas precisam de alguma coisa a que se agarrar e muitas agarram-se à religião..."

46 anos,Técnica de biblioteca e documentação, Vila Franca de Xira

Concorda com a venda de medicamentos nos hipermercados?É uma medida prática, desde que não sejam vendidos medicamentos que coloquem em causa a saúde pública. Se eu posso comprar mais barato penso que é uma boa ideia.A concentração dos documentos num só cartão é boa ideia? Provavelmente terá aspectos positivos. Mas tenho algumas dúvidas de que o investimento que se vai fazer a esse nível compense. Se fosse governante que medida tomaria?Apostava mais na formação profissional e menos em alguns cursos superiores que não têm saídas. Há pessoas licenciadas a fazer novos cursos profissionais para enfrentar o mundo do trabalho. Tem razões de queixa do sistema de saúde?Hoje por acaso passei pelo Centro de Saúde de Vila Franca de Xira para marcar uma consulta e fazer exames de rotina e disseram-me que não havia marcação. Só em Junho, provavelmente para Agosto. Tinha duas hipóteses, ou marcava para essa altura ou ia de madrugada para arranjar vaga. Por aqui se vê o estado da nossa saúde...Preocupa-se com o ambiente?Sim. Faço a separação do lixo e tenho a preocupação de poupar água. Tento também separar os óleos das frituras. Acho que o cidadão comum não pode contribuir com muito mais.Já foi a pé a Fátima?Nunca fui a pé a Fátima, nem tenho intenção. Até sou um pouco descrente em relação a isso. É óbvio que as pessoas precisam de alguma coisa a que se agarrar e muitas agarram-se à religião. Penso que as pessoas poderiam canalizar as suas forças para outras situações. Para a valorização pessoal, por exemplo. Como se corresponde com as pessoas?Das mais diversas formas. Recorro mais ao e-mail e menos à carta em papel. Sobretudo ainda estou muito dependente do telefone. Gosto de falar com as pessoas e de ouvir a voz. Sinto-as mais perto. A internet é uma ferramenta útil?É um instrumento útil quando bem utilizado, mas é perigoso sobretudo para as camadas mais jovens se os pais não estiverem alerta. Com o meu filho de 20 anos não me preocupo, mas com a minha filha de nove anos tenho a preocupação de saber com quem é que ela está a falar no messenger e colocar algumas restrições.Qual foi o último filme que viu no cinema?“Master & Commander – O lado longínquo do mundo” foi um dos últimos. Escolho os filmes sobretudo pelos actores. Ir ao cinema é das coisas que mais me dá prazer. E vou muitas vezes sozinha. Lá em casa, às vezes, não gostam daquilo que eu gosto...Costuma ir ao teatro?Houve uma altura em que fui bastante ao teatro até porque tenho alguns amigos na área. É uma área que em Portugal não é promovida. Os preços não são convidativos. Mas não é só o factor monetário porque as pessoas também gastam imenso dinheiro a ir ao futebol. Qual é o seu livro de cabeceira?Tenho vários. Estou a ler “A Rainha do Sul”, do espanhol Perez-Reverte, e a reler “Os Maias”. De vez em quando gosto de folhear livros de auto-ajuda. Senti essa necessidade porque houve um amigo da minha idade que faleceu no ano passado. A esposa, que é também amiga próxima, ficou muito debilitada. Não sabia como havia de a ajudar e acabei por tirar ideias do livro.Qual é o melhor mês para descansar?Julho. Porque os dias são maiores, não há tanta gente como em Agosto e sobretudo porque há imensa fruta...E o destino de férias?Gostaria de visitar os novos países de Leste que vão integrar a União Europeia. Roménia, por exemplo. Também gostava de espreitar a Rússia e a Irlanda. Ultimamente as férias em família têm sido em Espanha. Costumávamos ir para o Algarve, mas nos últimos dois anos fizemos contas e acabámos por concluir que ir até ao país vizinho não fica mais caro.

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