Qual foi o melhor e o pior jogo da sua carreira? Tive alguns bons jogos. Lembro-me de um no Fátima, na fase final do campeonato de juniores, em que marquei dois golos. Recordo-me também da estreia como sénior, num jogo contra o Beneditense e de alguns jogos na época passada, no Monsanto, onde as coisas me correram muito bem. Pela negativa lembro-me do jogo com o Samora, em que vinha a recuperar de uma lesão, joguei de início e tive de sair aos vinte e tal minutos por lesão.É muito supersticioso com a entrada em campo e o número da camisola?Não ligo muito a isso mas quando era mais novo tinha uma colecção de bonecos de jogadores internacionais e levava sempre o boneco do Eric Cantona para o balneário. Só que assaltaram-me o carro e roubaram a bolsa onde estava o boneco.Ainda sonha jogar numa equipa melhor?Vivi esse sonho quando era mais miúdo mas agora a minha meta talvez seja voltar ao Fátima, onde cheguei aos seniores mas tive de sair quando fui estudar para Lisboa. Agora que estou a acabar os estudos gostava de voltar.Joga sempre da mesma maneira num campo relvado ou num pelado?Nunca fui daquele tipo de jogador que se poupa e alguns treinadores até me chamaram a atenção para isso e para me preservar em alguns lances. Com os anos vamos aprendendo algumas coisas mas ainda no último jogo que fiz num pelado, com o Ferroviários fiz um pontapé de bicicleta e só depois de ter caído no chão e ter esfolado os braços é que me lembrei que não estava num relvado.Se não for titular fica aborrecido?Acho que ficamos sempre um pouco aborrecidos. Mas temos de perceber que se não estamos na primeira equipa é porque o treinador entende que não estamos no nosso melhor e temos de trabalhar e dar o máximo para voltar a ser opção.O que é pior: um árbitro que marca tudo ou o que não assinala nada?Gosto mais dos árbitros que gostam de passar despercebidos. Aqueles que apitam por tudo e por nada acabam por matar o ritmo do jogo e isso não é bom nem para os jogadores nem para o público.