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Saber fazer é fundamental para o desenvolvimento

Saber fazer é fundamental para o desenvolvimento

Manuel de Oliveira, director-geral da Cimianto

Manuel de Oliveira, economista, 52 anos, defende uma aposta no saber fazer e aposta na indústria como motor de desenvolvimento económico. O director geral, e principal accionista da Cimianto, empresa líder do mercado nacional de fibrocimento, acredita que Vila Franca de Xira pode vencer os constrangimentos e afirmar-se como um centro de negócios.

Economista Manuel de Oliveira, director geral da Cimianto (coberturas e estruturas de fibrocimento sem amianto) e da Novinco (tubagens de PVC) é um adepto do “saber fazer” e defende uma aposta clara nos cursos técnico profissionais e na recuperação da figura do mestre. Adepto da inovação e das novas tecnologias, o empresário considera que o país tem excesso de engenheiros e doutores e precisa de especialistas que saibam produzir com qualidade e governantes e empresários com criatividade.A Cimianto, líder nacional no mercado de fibrocimento, está representada na I Feira das Actividades Económicas do Concelho de Vila Franca de Xira porque considera que a Xira Expo é um ponto de encontro do tecido empresarial da região e um espaço de debate. O administrador das empresas localizadas em Alhandra e São Mamede de Infesta (Matosinhos) defende que os empresários devem estabelecer parcerias com o município para procurar soluções e perspectivar um modelo de desenvolvimento económico adaptado à realidade do concelho.Vila Franca de Xira tem uma óptima localização mas tem também vários constrangimentos que impedem a instalação de novas indústrias. No entender do empresário, é altura de ter coragem para mudar. A Cimianto instalada entre o Tejo e a EN 10 e junto da Escola da Armada está aberta à possibilidade de se deslocalizar para um novo pólo industrial. O director geral admite deixar os 86 mil metros quadrados junto da linha férrea e instalar-se num novo pólo industrial a criar pelo município. A empresa cedeu uma faixa de terreno para a construção do caminho pedonal ribeirinho que já liga a empresa ao centro de Alhandra e continuará até ao jardim de Vila Franca de Xira. “É um exemplo inteligente de como se pode compatibilizar a indústria com o lazer”, disse.O economista considera que os empresários que investem na região e o poder político que decide têm de ser criativos e acompanhar a evolução dos mercados. Manuel de Oliveira reconhece que Vila Franca de Xira podia ter ido mais longe no comércio e serviços, mas a falta mobilidade da cidade que está rodeada pelo rio, pela serra, pela auto-estrada e pela ferrovia afastaram os investimentos para o Sul do concelho. Com um volume de negócios de 30 milhões de euros (seis milhões de contos) as empresas Cimianto e Novinco empregam 250 trabalhadores e têm nos mercados português e espanhol os melhores clientes.As empresas tiveram em 2001, um dos melhores anos de sempre, mas depois vieram períodos muito complicados que se têm agudizado nos últimos meses. A conjuntura desfavorável que afectou particularmente a construção civil obrigou os responsáveis a prepararem planos alternativos para evitar a sua morte.
Saber fazer é fundamental para o desenvolvimento

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