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Casa Carlos Relvas abre em Setembro

Casa Carlos Relvas abre em Setembro

Câmara da Golegã quer avançar com a candidatura do imóvel a património mundial

A casa que foi o laboratório fotográfico de Carlos Relvas deve reabrir ao público em Setembro como nova dinâmica. A Câmara da Golegã quer também candidatar aquele imóvel único a património mundial.

Com a aprovação da candidatura feita ao Programa Operacional da Cultura (POC) para dinamização museológica, a Casa Carlos Relvas abrirá até Setembro, mas a totalidade dos investimentos previstos só ficarão concluídos em Março de 2006. E, nessa altura, a actual câmara tenciona envidar esforços para que o laboratório do célebre fotógrafo seja classificado como património mundial.Em Janeiro de 1999, o então ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho anunciou na Golegã que o ministério que tutelava financiaria na totalidade a recuperação do edifício, bem como a dinamização museológica do espaço. As obras terminaram em Novembro de 2003 mas só em Abril último a câmara municipal pode finalmente apresentar uma candidatura ao POC, no valor de cerca de 700 mil euros, que vai permitir a fruição do imóvel.Segundo o vereador Melancia Cachado (PS), o atraso deveu-se à necessidade de formalizar um acordo de parceria entre a câmara, o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e Instituto Português dos Museus (IPM). “Esse acordo foi concretizado no início de Abril e no fim do mesmo mês apresentámos a candidatura ao POC. Ainda não temos a confirmação, mas tudo indica que vai ser aprovada”, esclareceu o autarca.Os investimentos a realizar referem-se à aquisição de serviços externos para a concretização das iniciativas projectadas. Como por exemplo a formação de jovens num laboratório fotográfico apetrechado com equipamentos cedidos pelo IPM - através da sua divisão de fotografia e documentação -, conservação e restauro de mobiliário, organização e promoção de diversos eventos e edição de publicações para divulgação. A candidatura contempla também os arranjos exteriores, jardins e um pequeno anexo que funcionará como sala de exposições. O jardim irá sofrer uma pequena intervenção a executar até Setembro e uma bastante maior cujo prazo de conclusão, tal como do anexo, termina em Março de 2006. Depois disso, é intenção do actual executivo, caso vença as eleições autárquicas de Outubro, avançar com o processo de candidatura da Casa-Museu Carlos Relvas a património mundial. “Penso que faz todo o sentido”, afirma Melancia Cachado, adiantando que o edifício, classificado por despacho ministerial de Março de 1996 como imóvel de interesse público, tem características únicas no mundo.O processo de recuperação desta casa-museu foi reiniciado em 1996, apresentando-se na altura duas hipóteses. Voltar à traça original da casa, construída como laboratório fotográfico com o primeiro andar todo envidraçado, ou recuperar o edifício como chegou até aos nossos dias: Carlos Relvas transformou-a em determinada altura em casa de habitação. Ganhou a primeira alternativa e o IPPAR elaborou um relatório-diagnóstico acerca do estado de conservação do edifício e das implicações de uma futura intervenção de restauro. Este trabalho, entregue em Agosto de 1998, custou 4.600 contos. O projecto para a recuperação, 30 mil contos, e as obras de restauro, 300 mil contos (cerca de 1,5 milhões de euros). A qualidade da recuperação foi recentemente distinguida com o Oscar do Imobiliário na categoria da reabilitação histórica, uma iniciativa de O MIRANTE em parceria com a Nersant – Associação Empresarial da Região de Santarém, levada a efeito durante a ExpoUrbe, que decorreu no Cartaxo.Construída em 1875, segundo um projecto do arquitecto Henrique Carlos Afonso, a casa de Carlos Relvas custou 80 mil escudos. Uma enorme fortuna, tendo em conta que, na época, o 1.º Prémio da Lotaria Nacional era de 14 contos. No jardim que envolve todo o imóvel encontram-se algumas espécies raras de palmeiras vindas expressamente do Japão e da China. Margarida Trincão
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