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Promover o celeiro de Portugal

Governador Civil do Distrito de Santarém, Paulo Fonseca, é um adepto da Feira da Agricultura

O Governador Civil do Distrito de Santarém considera a Feira Nacional de Agricultura um ponto marcante de afirmação do sector agrícola da região e uma forma fortalecer o Ribatejo como nova centralidade no país.

A Feira Nacional de Agricultura é o melhor exemplo de dinamismo da produção florestal, agrícola e pecuária do Ribatejo, contradizendo a ideia habitualmente passada para o exterior e para a opinião pública de que se trata de um sector em decadência e em subprodução.A opinião é do Governador Civil de Santarém, Paulo Fonseca, que salienta a importância de a região lutar com os trunfos que possui, apostando em sectores como a agricultura e o turismo. “De nada vale apostar em sectores não competitivos. Visitei há dias uma fábrica de leite em Alpiarça, dedicada à agro-indústria, e é a prova de que é possível criar unidades modernas, geradoras de emprego e de riqueza”, destaca. A feira tem sido, em seu entender, um forte passo nesse sentido, cumprindo ainda uma componente tradicional de marcar presença há 42 anos como Feira da Agricultura e, há 52 anos, como Feira do Ribatejo. Salienta também a importância que lhe é conferida pela presença dos grandes meios de comunicação nacionais.“A Feira da Agricultura faz parte de um conjunto de eventos organizados na região que tem impacto em Santarém, na cidade, na região, que importa defender como celeiro de Portugal”, afirma.Como representante do Governo no distrito, Paulo Fonseca pretende assumir uma postura de promoção do Ribatejo, como centralidade do país, trazendo dinamismo aos diversos interlocutores. Nesse sentido, revelou que irá ser criado um Conselho Económico da Região, promovendo caminhos, orientações estratégicas e mais valias entre os diversos intervenientes, para que se centrem energias em objectivos comuns. “Há potencial para desenvolver e tornar agricultura e outras áreas em sectores rentáveis, apostando na organização e remando contra a maré de pessimismos”, sustenta.Vestindo a pele de cidadão, Paulo Fonseca tem sido um habitual frequentador da Feira da Agricultura, desde a altura em que tinha seis ou sete anos, época em que a feira era realizada no Campo Infante da Câmara e que visitava com o pai.A mudança para o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) é vista como uma evolução natural, para um espaço maior e mais moderno. “Espero que o CNEMA se torne ainda mais rentável porque tem condições para albergar instituições, como já acontece com a Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo e com a Confederação dos Agricultores de Portugal”, aventou o governador civil.Em relação à programação da feira, que começa sábado e se estende até 12 de Junho, Paulo Fonseca pensa estar mais uma vez presente. “Não apenas investido como governador civil mas quero visitá-la com o meu filho de dez anos, especialmente para ver os cavalos. Mas também para conviver à volta de um petisco com um grupo de amigos”, refere. A possibilidade de assistir a uma corrida de toiros não está descartada. Paulo Fonseca é um aficionado recente, apesar de o pai sempre o ter sido. “Senti um clique quando há algum tempo vi na televisão uma manifestação de fanáticos defensores dos animais na Póvoa do Varzim e, para um ortodoxo, ortodoxo e meio” recorda, adiantando que agora é frequentador mais habitual da festa brava.Outra situação curiosa que viveu na feira passou-se há alguns anos quando era adjunto do governador civil e, durante uma visita de António Guterres à feira, rebentou um golpe de Estado na Guiné-bissau. Situação que “obrigou” a contactos ao mais alto nível e que alterou os planos daquela comitiva.

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