A trabalhar na PSP de Santarém desde 1981, Vítor Catulo frequenta a Feira da Agricultura desde essa época por razões profissionais mas também por gosto pessoal.À antiga feira, no Campo Infante da Câmara, costumava ir todos os dias com a mulher e filhos. “Com o filho às cavalitas a apreciar a exposição de diversos animais, as picarias e as corridas de toiros e até os carrinhos de choque”, refere, lembrando-se das boas recordações. Actualmente considera que a feira se vive com menos intensidade, fruto da distância à cidade, mas também por causa do estacionamento e das entradas pagas. “Apesar disso, do que já conheço da edição deste ano, não vou perder o concerto do Luís Represas com a minha mulher e aproveitar para comer uma posta mirandesa ou barrosã”, revela, acrescentando que deve ir à feira dois ou três dias.Em 26 anos de serviço na PSP, Vítor Catulo já viveu dois episódios curiosos durante a antiga feira. Um foi passado por volta de 1985 quando um pedinte, aparentemente sem uma perna, “estacionou” junto à rua de acesso ao campo Chã das Padeiras. “Dissemos-lhes que não podia estar ali e afinal tinha uma prótese e seguiu o seu caminho a andar normalmente”, recorda.Um ano depois, a cena passou-se junto às bancadas cobertas da manga da feira, com um grupo de adolescentes barulhentos e teimosos, por volta das quatro da manhã. “Chegámos lá com a patrulha e avisámo-los de que tinham de sair, mas nada… Foi então que saiu um colega nosso do carro com 2,04 metros. Assim que o viram, fugiram imediatamente”, recorda de forma alegre.