O Bloco de Esquerda insistiu domingo numa explicação do governo quanto ao futuro da Empresa de Manutenção do Equipamento Ferroviário (EMEF) no Entroncamento, tanto pela sua importância para o país como pela incerteza gerada na região.A deputada bloquista Helena Pinto disse à Agência Lusa que perante as informações “ainda muito vagas”, e mesmo contraditórias, quanto ao futuro das oficinas do Entroncamento, é urgente uma resposta do Governo.Segundo disse, a conferência de imprensa realizada juntamente com o vereador do BE na Câmara Municipal do Entroncamento, Henrique Leal, visa lançar mais um alerta para uma situação de grande importância em termos de desenvolvimento do país, mas também da própria região, tendo em conta que a EMEF emprega, directamente, 700 pessoas.“Ao mesmo tempo que a CP anuncia um plano de reestruturação da EMEF e que o Governo revela disponibilidade e interesse em investir 7,5 milhões de euros na empresa, esta divulga dados em que admite estar tecnicamente falida”, disse, referindo “alguma instabilidade” e um clima de “inquietação” entre os trabalhadores.No seu entender, é preciso que o Governo diga como pensa desenvolver o plano divulgado para a EMEF, com que parcerias - até para resolver “algum défice de know how” -, como pretende orçamentar as verbas anunciadas e se estas chegam ou não.Helena Pinto lamenta que o requerimento ao Governo apresentado pelo BE no Parlamento não tenha tido ainda resposta, nem as moções aprovadas na câmara e assembleia municipal do Entroncamento, razões acrescidas para que haja preocupação quanto à situação da EMEF.A deputada admitiu a possibilidade de ser feito novo requerimento ao Governo no sentido de obterem respostas mais concretas e assegurou que o BE estará atento quando forem apresentadas as propostas de investimento para o desenvolvimento do país.Lusa