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Comunistas querem reconquistar Alpiarça e Coruche

Objectivo lançado no encontro distrital da CDU
A Coligação Democrática Unitária (CDU), liderada pelo PCP, quer “retomar posições do passado” e reconquistar câmaras como as de Alpiarça e de Coruche, perdidas para o PS. O objectivo foi anunciado sábado em Santarém durante um encontro que reuniu centena e meia de militantes comunistas e independentes num hotel da cidade e onde participou o secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa.O líder comunista numa “clara demarcação e pronta denúncia” criticou as propostas de alteração do sistema eleitoral autárquico da autoria do PS e do PSD, “que impedem que seja o povo a eleger directamente as câmaras municipais, liquidando praticamente o funcionamento colegial e o pluralismo nos executivos municipais”.Recorde-se que dos 21 concelhos do distrito de Santarém, a CDU não tem qualquer representante eleito em quatro (Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal e Ourém) e detém três câmaras municipais (Constância, Chamusca e Benavente). Na última década perdeu as câmaras de Salvaterra de Magos, Coruche, Alpiarça e Golegã.O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, aproveitou o discurso para acusar o Governo socialista de não ter “coragem para atacar, ou pelo menos tocar, nos santuários intocáveis dos grandes senhores do dinheiro”.“É escandaloso que esta gente venha uma vez mais pedir sacrifícios quando nos jornais encontramos lucros fabulosos do capital financeiro, dos grupos económicos, dos accionistas, muitos deles de empresas que foram roubadas ao Estado e entregues ao grande capital e que hoje faziam falta para endireitar as contas públicas”, afirmou.O secretário-geral do PCP propôs, entre outras medidas para contenção da despesa, o fim do “laxismo nas dotações de despesas não essenciais, desnecessárias e injustificáveis, o combate à multiplicação de instituições e serviços públicos com funções sobrepostas, a rigorosa transparência na concessão de auxílios públicos a interesses privados, a restrição nas despesas nos gabinetes governamentais”.No seu entender, o caminho apontado pelo Governo PS “não é inevitável”, pelo que apelou à mobilização dos trabalhadores, “em particular os trabalhadores da função pública”, e das populações “para que respondam a esta nova e mais gravosa ofensiva contra os seus legítimos interesses e direitos”.O MIRANTE/Lusa

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