O jurista de 30 anos Pedro Pisco dos Santos é o candidato do PSD à presidência da Câmara de Almeirim. Na apresentação da candidatura, sexta-feira à noite, disse que é necessário que o Partido Social Democrata demonstre que pode ser uma alternativa credível à maioria socialista. A aposta é conseguir o melhor resultado de sempre no concelho. Pedro Pisco, que actualmente exerce funções no Instituto Nacional de Aviação Civil, defende a fixação de jovens e empresas no concelho. E para isso defende que a autarquia deve deixar de cobrar derrama (imposto sobre os lucros das empresas). O candidato fez as contas e esclarece que os cofres municipais ficariam a perder cerca de 300 mil euros. Mas, contrapõe, conseguia-se captar mais empresas para o concelho criando mais emprego. Defendeu no seu discurso a eliminação das barreiras arquitectónicas e a defesa e promoção dos produtos tradicionais do concelho. Nesse sentido sublinhou que Almeirim nunca teve mas precisa de ter uma feira de cariz regional ou mesmo nacional dedicada aos produtos locais. Disse ainda que, se ganhar as eleições, pretende defender o artesanato concelhio. O candidato, que foi chefe de gabinete interino do anterior ministro das Obras Públicas, António Mexia, salientou que é preciso traçar um rumo e uma estratégia de longo prazo para o concelho. E deu o exemplo do trânsito, questionando se as lombas e os sentidos proibidos colocados em várias ruas melhoraram a circulação.Pedro Pisco, no seu programa, propõe a construção de uma biblioteca pública em Fazendas de Almeirim e o arranjo da estrada que liga a sede de concelho a esta freguesia. Uma via que, sublinhou, não tem sinalização horizontal nem iluminação. Garantindo que tem vindo a estudar os planos de actividades e as contas de gerência da câmara, o candidato explicou que pretende fazer estas obras com o dinheiro que se pode retirar de investimentos não prioritários. Mas não explicou quais. Na apresentação da candidatura, que decorreu na sede social-democrata da cidade e contou com a presença de Carlos Coelho e o deputado Vasco Cunha, o presidente da concelhia do PSD definiu a estratégia do partido no concelho. “Queremos inverter a situação e subir a votação”, disse Humberto Neves, acrescentando que nos últimos anos houve falta de coordenação e de aposta num candidato dinâmico, jovem e sério que desenvolva um projecto a vários anos. Humberto Neves reconheceu que nas últimas quatro eleições autárquicas o PSD apresentou quatro candidatos diferentes à câmara municipal. “O nosso compromisso é apresentar um candidato e uma equipa de futuro”, para concorrer às várias eleições, nos anos seguintes.