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Livro sobre fandango lançado em Santarém e Azambuja

Aurélio Lopes e Bertino Martins são os autores
“Fandangos”, um livro da autoria de Bertino Coelho Martins e Aurélio Lopes, será alvo de apresentações públicas no dia 10 de Junho (feriado), às 16h00, na sede do Grupo Académico de Danças Ribatejanas, em Santarém, e no dia 11 de Junho (sábado) na Biblioteca Municipal da Azambuja, às 15h00. A edição é apoiada pela Região de Turismo do Ribatejo e pelas câmaras municipais de Santarém, Azambuja, Coruche e Torres Novas. Dada a falta de estudos sobre as nossas danças tradicionais, nomeadamente sobre aquela que mais se identifica com o Ribatejo, julgou-se do maior interesse publicar um estudo sobre essa problemática, diz Aurélio Lopes.Oriundo (tudo o indica), de Espanha, no nosso país divulgou-se, desenvolveu-se e tornou-se expressão marcante do nosso património cultural. Primeiro em Lisboa, depois difundindo-se para o interior onde, adoptado e adaptado, recebeu a marca cultural de diversas regiões, com especial relevo para o Ribatejo.O seu processo evolutivo, que o percurso de proliferação proporcionou, transformou algumas das versões em danças despojadas, já, das vertentes competitivas e exibicionais que tinham marcado a sua entrada entre nós. Contudo, na maioria dos casos, o Fandango manteve o carácter funcional (e de alguma forma primevo) de disputa ou desafio bailado.Acompanhado ou não pelo correspondente canto (algumas vezes, também ele, ao desafio), a sua dinâmica, plasmada de entusiástica destreza, tornou esta dança um elemento de recreação e afirmação social, presente obrigatoriamente no quotidiano lúdico das populações ribatejanas.Por isso se tornou um “ex-libris” do Ribatejo.Dotado da eficácia que o mito consubstancia, será então intensamente utilizado como símbolo de uma certa forma de entender o Ribatejo. Forma tão legítima como outra qualquer, em que relevantes imperativos turísticos e regionalistas se entrecruzam com imprescindíveis objectivos de desenvolvimento económico. Mas que, para lá do seu maior ou menor êxito como factor de afirmação regional, não nos deve fazer esquecer que o mesmo remonta a algo mais profundo e bem menos conjuntural: às raízes culturais que nos impregnam, caracterizam e identificam como povo e nação!

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