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População move-se pelos idosos

População move-se pelos idosos

Associação de Solidariedade Social da Fajarda anseia pela construção do centro de dia

A junta de freguesia deu o empurrão, a população juntou-se, foi criada uma asso-ciação e está-se a lançar a primeira pedra da construção do Centro de Dia da Fajarda.

Sete anos depois de lançadas as primeiras sementes começa a ser construído o Centro de Dia da Fajarda. O primeiro impulso foi dado pela junta de freguesia, com uma verba de 25 mil euros, para a construção da estrutura em betão armado num terreno ao lado da sede da autarquia.A primeira fase das obras está a arrancar, concretizando a vontade da população em encontrar um lugar para os idosos, numa freguesia em acentuado envelhecimento.Na opinião do vice-presidente da Associação de Solidariedade Social da Freguesia da Fajarda, Ernesto da Fonseca, pessoas vivem momentos de grande solidão. “Seja porque se encontram sozinhas em casa, com idades elevadas e muito dispersas pelo território, mas também por ser uma população bastante rural, pouco habituada a ter outras ocupações para se distrair, sem saber ler nem escrever”, justifica o dirigente.Será um local de encontro para os idosos falarem, verem televisão, fazerem jogos, ou ainda mostrarem a sua arte na costura e no artesanato, entre outras actividades a desenvolver sob a orientação de um técnico animador. Um centro com capacidade para 40 idosos em regime de centro de dia, também com a valência de apoio domiciliário para número semelhante de utentes.Os cidadãos da Fajarda foram convocados pela junta em 1997 e dali se criou uma comissão instaladora que, posteriormente, formou uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) legalmente constituída.O projecto do centro de dia foi aprovado em 2002 pelo Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Santarém mas, até à data, ainda não mereceu a confirmação do financiamento.Cerca de 320 mil euros é quanto se prevê que custe a construção do centro de dia, com a ASSF a esperar que, como é habitual em projectos semelhantes, a segurança social financie com 50 por cento do montante, a Câmara de Coruche 25 por cento, cabendo o restante à associação. Desde 2003 que a associação tem recebido quotas mensais de um euro e hoje conta com mais de 350 associados, que pagam um jóia de inscrição de 2,5 euros. Outra forma de angariar fundos tem passado pela organização de excursões turísticas e culturais. A câmara cede um autocarro e muita gente já teve oportunidade de ir a Vila Viçosa, ao Convento de Mafra, à Casa Museu dos Patudos, em Alpiarça, e à exposição Fátima Luz e Paz. Também nas festas de Santo António da Fajarda, que decorrem de sexta-feira a domingo, a ASSF vai dispor de um stand para angariação de mais sócios, venda de cupões para compra simbólica de tijolos, cimento, entre outros, bem como de arroz doce, bolo branco, licores e outras guloseimas.Um sucesso está a ser a venda do livro “1969 – Um filho em Angola e outro na Marinha”, de Francisco Coutinho, editado pela associação, com o apoio da junta. Um morador antigo da Fajarda que, por cada dia que um dos filhos esteve na guerra do Ultramar, escreveu uma quadra. Com 300 dos 500 volumes editados já vendidos, o livro está disponível em algumas lojas da freguesia, na junta e na asso-ciação, assim como numa livraria de Coruche, a troco de sete euros.Até à data a ASSF reuniu cerca de 17 mil euros, estando a preparar acções de angariação de mais sócios, população e empresas da freguesia e comércio de Coruche.
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