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Feira da Agricultura com menos visitantes

Feira da Agricultura com menos visitantes

CNEMA diz que certame correspondeu aos objectivos apesar da crise e da seca

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) manifestou-se satisfeito com os resultados da Feira Nacional de Agricultura, que terminou domingo, lamentando apenas a redução do número de visitantes, que atribuiu à situação económica do país.

Em conferência de imprensa realizada domingo, João Machado, que é também presidente do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), que organiza o certame, disse que, apesar da seca que se vive no país, a feira conseguiu mostrar o que de melhor se produz em Portugal, registando uma “adesão elevada” de expositores e profissionais.O responsável declarou a sua satisfação com a aposta feita na componente técnica da 42ª Feira Nacional da Agricultura / 52ª Feira do Ribatejo, que este ano contou com 14 colóquios e seminários, que registaram a presença de 2.500 pessoas.Também os campos de demonstração de culturas, pela primeira vez presentes na Feira Nacional da Agricultura (FNA), “funcionaram muito bem”, uma experiência que, disse, vai ser reforçada no próximo ano, provavelmente com uma seara que passará pela fase da colheita, debulha e enfardamento durante o certame.Os 60 hectares de terreno do CNEMA podem ainda ser potenciados, permitindo trazer de facto a realidade da agricultura portuguesa para a FNA, afirmou, sublinhando que outra inovação a introduzir no próximo ano será a criação de um prado permanente, verde, que permita a alimentação dos animais em exposição, “como se estivessem no campo”.Na feira deste ano estiveram em exposição, em permanência, 660 animais, entre bovinos, caprinos, ovinos e cavalos, adiantou.João Machado frisou o facto de nos colóquios terem estado sempre presentes responsáveis da Administração Central para responderem às dúvidas e preocupações dos agricultores e darem explicações sobre políticas relativas a diversas áreas, considerando estes “bons momentos para avaliarmos como somos governados e de que forma as políticas avançam”.Agradado com a organização do certame, este ano mais concentrado e melhor arrumado, João Machado prometeu ainda algumas melhorias, nomeadamente na ligação dos restaurantes à zona onde decorrem os espectáculos e as manifestações tipicamente ribatejanas, como as picarias, as largadas de toiros, as exibições equinas.Até ao fim de domingo, o CNEMA esperava atingir as 141.000 entradas na FNA, um pouco menos que as 149.027 do ano passado, uma contabilidade que pode apresentar com “rigor” graças aos torniquetes introduzidos em 2004 e que permitem saber exactamente quantas pessoas entram, com que tipo de bilhete e a que horas, disse.A FNA contou com a presença de 421 expositores (com 3.000 profissionais presentes), além dos 2.500 participantes nos colóquios, dos 3.500 figurantes e artistas que asseguraram a parte lúdica e de animação e dos numerosos funcionários que garantiram as 3.600 horas pagas de segurança e as 4.000 horas de limpezas.Frisando que ao longo da feira, o CNEMA se transforma numa pequena cidade, pelos meios que implica, João Machado deu como exemplos a quantidade de lixo recolhida - 50 toneladas/dia, num total de 450 toneladas -, o “pequeno hospital de campanha” - com cinco ambulâncias presentes em permanência, que assistiram cerca de 200 pessoas - ou as 50.000 refeições servidas e os 100.000 litros de cervejas e 50.000 de águas e refrigerantes vendidos (fica por contabilizar o vinho).João Machado disse ainda esperar que se mantenha no futuro a parceria com a Câmara Municipal de Santarém, que este ano permitiu transformar o dia habitualmente mais fraco do certame (a segunda-feira) no mais concorrido, com entradas gratuitas e um grande concerto.“A feira correspondeu aos objectivos. Não é um ano de grandes movimentações, dada a situação, mas os números são interessantes”, afirmou.Lusa
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