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Jorge Luís Oliveira

Jorge Luís Oliveira

“A questão dos achados arqueológicos em Santarém é muito complexa, mas julgo que deviam ser tomadas medidas para não atrasar as obras."

42 anos, técnico sindical, Santarém

O Governo está a tomar as medidas certas para combater a crise?Não porque se está a aproveitar a situação do défice para, mais uma vez, cortar por baixo, especialmente em relação aos direitos dos funcionários públicos em vez de se preocuparem em combater a evasão fiscal e as grandes fortunas. O que está a doer mais na carteira?Nota-se para já que há um grande problema de custo de vida e as medidas ainda nem sequer foram aplicadas. Quando isso suceder não sei como vai ser.Que tipo de comportamento mais o irrita?A pouca predisposição das pessoas para o diálogo. Há muita falta de paciência e isso nota-se no trânsito. Às vezes buzina-se numa fila de carros sem se saber o que se passa à frente. Onde faz as suas compras: hipermercados ou comércio tradicional?É variável. Ainda sou um cliente do dia a dia na cooperativa de consumidores, até porque fica perto da minha casa. O que não quer dizer que uma ou outra vez não vá ao hiper por uma questão de oportunidade.Costuma ir a festas populares típicas desta época?Adoro estas festas mas, infelizmente, há tendência para irem acabando. Lembro-me das festas do bairro da Olivença e da zona dos Combatentes, em Santarém, ligadas aos santos populares. A notícia do assalto por arrastão na praia de Carcavelos fê-lo pensar em ter cuidados redobrados?Não sou muito frequentador das praias da zona de Lisboa e aí há mais condições para isso acontecer. Mas também li que esses elementos queriam ir fazer o mesmo para o Algarve. No geral, por trás destas situações, estão o desemprego e desintegração social. Os achados arqueológicos são motivo suficiente para as obras se arrastarem no tempo?É uma questão muito complexa, mas julgo que deviam ser tomadas medidas para não parar obras. Sei que há estudos mas, muitas vezes, aproveitam-se estas situações para protelar trabalhos. É o caso da rotunda do largo Cândido dos Reis, onde já passou um ano e não há motivos para não estar concluída.A calvície é um fantasma para os homens?Eu efectivamente estou a perder um bocadinho de cabelo, mas não se nota! Não me preocupo e julgo que isso acontece com a generalidade dos homens. O futebol do Benfica pode ir longe com o Koeman como técnico?Penso que sim. Quando vi no jornal que havia três hipóteses apontei logo para ele. Promove um futebol mais espectacular que atrai as pessoas aos estádios e na televisão. O futebol não deve ser só para ganhar. Já vi jogos do Benfica em que as pessoas ficavam melhor com a equipa a perder mas a jogar bem, do que a ganhar a muito custo e sem convencer.O que representa a morte de Álvaro Cunhal?Ouvi a notícia no próprio dia e fiquei chocado. Foi um homem que lutou muito no tempo do fascismo e fica como uma referência de luta e de princípios que deu muito ao 25 de Abril e à democracia. Sem dúvida que foi uma figura que marcou a nossa história contemporânea em Portugal e não só.Já começou a fazer planos de férias? Já. E pela primeira vez desde que estou casado vou sair do país, para Benidorm, tendo em conta que é mais barato passar férias em certos pontos de Espanha do que em Portugal. Vou uma semana em Agosto. Emociona-se facilmente?Há filmes, programas, notícias que nos emocionam, como a que aconteceu na Ásia, com o maremoto, que foi um horror. Ao ver aquilo emocionei-me bastante e julgo que não há aquele mito de que um homem não chora. Como benfiquista, também me sensibilizou bastante a homenagem que fizeram ao Féher.
Jorge Luís Oliveira

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