Ricardo Raposo é o candidato da CDU à presidência da Câmara de Coruche e tem por objectivo ganhar as eleições para orientar o futuro do concelho numa política de criação de novas acessibilidades. No entender do cabeça de lista da coligação, Coruche só tem hipóteses de se desenvolver se tiver boas vias de comunicação. Na apresentação da sua candidatura, na sexta-feira ao fim da tarde, numa crítica à maioria socialista que gere o município, disse que não está na política para atingir protagonismos. O candidato começou por avisar que ia fazer um discurso rápido e objectivo. E cumpriu. Disse que falava do coração, que as palavras lhe brotavam da alma. “Acreditamos na vontade e desafiamos as circunstâncias”, realçou. Depois foi conduzindo as palavras para uma postura mais crítica, dizendo que “há quem entre em pânico e não saiba tomar decisões”. Ricardo Raposo sublinhou ainda que a gestão autárquica tem sido marcada por impulsos inconsequentes e promessas fantasiosas. Situações que, salientou, prejudicam Coruche e “iludem” os coruchenses. Depois foi dizendo que quer uma gestão municipal aberta e participada. Com o objectivo de reconquistar a autarquia que durante muitos anos esteve nas mãos da CDU, que perdeu os destinos do concelho para o PS, o candidato realçou: “Ainda vamos a tempo de inverter a actual tendência”. Que, em seu entender, tem sido conduzida numa lógica de protagonismos. Em jeito de promessa disse que assume uma “ética de serviço público”. Acredita que o concelho tem potencialidades, acrescentando que os candidatos da CDU (coligação do PCP e partido “Os Verdes”) vão desempenhar os cargos para que forem eleitos com humildade. Continuando a atacar a actual gestão socialista do município, Ricardo Raposo disse que “já não dizem o que pensam, mas o que julgam que os outros querem ouvir”. O candidato disse ainda que o momento é de construção, de cimento, “para encher o olho”. Francisco Lopes, do comité central do PCP, depois de caracterizar a situação política nacional, sublinhou que os candidatos da CDU em Coruche são pessoas com experiência e com capacidade. Apelou a uma vitória da coligação nas eleições de Outubro, considerando que o voto na CDU é o voto da alternativa que o concelho precisa. Mas fez questão de dizer que pode significar um aviso e um protesto ao rumo que o país está a tomar, em que os trabalhadores e os pequenos e médios empresários é que pagam a crise. Para além de Ricardo Raposo, os cabeças de lista da CDU em Coruche são: Fernanda Pinto (Assembleia Municipal), Joaquim Paulino (Assembleia de Freguesia de Biscainho), Francisco Godinho (Branca), Joaquim Figueiredo (Coruche), Luís Alberto Ferreira (Couço), José António Carapau (Erra), Ilídio Ferrador (Fajarda), António Inácio Gonçalves (Lamarosa) e Manuel Gomes (Santana do Mato).