Mário Nelson, 25 anos, Fazendense
CROMOS DA BOLA
Mário Nelson é um jogador reconhecido pela garra, rapidez e técnica que coloca em campo. Aos 25 anos, já percorreu vários clubes do distrito, com passagem por Lapas, CADE e Torres Novas nas camadas jovens, repetindo no clube torrejano, Riachense, Alcanenense, Amiense e U. Santarém nos seniores. Esta época vai tentar a sua sorte no Fazendense.
Gostava de ser presidente de um clube?Não. Se há coisa que não quero fazer é ser árbitro ou presidente de um clube. A vida de um árbitro não é nada fácil porque tem sempre a culpa de tudo. A um dirigente desportivo compete arranjar dinheiro para sustentar a equipa, o que também não é nenhuma pêra doce. Que planos tem para quando acabar a carreira de jogador?Gostava de ser treinador. Já o sou nas escolinhas da Casa do Benfica de Torres Novas e até frequentei um curso que não concluí. Mas vou fazê-lo quando deixar os campos.Se não jogasse futebol tinha jeito para outra modalidade?Cheguei a ser guarda-redes de hóquei em patins como infantil do Torres Novas, mas não gostei. Também gosto muito de jogar futsal em torneios de Verão e cheguei a receber uma proposta do Pombal – que agora milita na primeira divisão. É uma modalidade mais pura que o futebol de 11. Sente que os exames médicos de início de época dizem tudo sobre a saúde de um jogador?Não há grande confiança e são insuficientes. Faz-se a análise ao sangue, mede-se a tensão arterial, verifica-se os dentes e realiza-se o electrocardiograma. Mas até com os melhores médicos e equipamentos já sucedem mortes. Penso que se devem a questões de momento e que têm a ver com cada pessoa.Receia dar o máximo em campo?Não costumo pensar nisso quando jogo. Mas a morte do Féher fez-me pensar no assunto e, às vezes, quando vejo um colega a mudar de cor ou a ficar pálido, vem essa recordação à cabeça.Quem lhe enche as medidas a jogar futebol?A nível regional, gosto de ver jogar o Telmo (Abrantes), Hugo Afonso (Fazendense), Leandro (Monsanto) e o Nelson Rato (abandonou futebol). Para mim, o Piranga (Torres Novas) é o mágico do distrito.Já perdeu a cabeça em campo?Já aconteceu uma vez, num Monsanto-Tramagal, a caminho do balneário. Meti-me no meio da discussão de dois jogadores, o árbitro expulsou-me e descontrolei-me.
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