Foi num bar de Valada, freguesia onde nasceu, que Ma-nuela Estêvão apresentou a sua candidatura pelo PSD à presidência da Câmara do Cartaxo e a equipa que a vai acompanhar na vereação e na assembleia municipal.Perante uma plateia repleta de amigos, familiares e responsáveis locais e nacionais do PSD, Manuela Estêvão considerou a sua candidatura um desafio pessoal de servir a causa pública, “acompanhada por uma equipa de pessoas maduras, desprendidas do poder, com o objectivo de acabar com o défice democrático no concelho e apostar no desenvolvimento”. Manuela Estêvão assegurou que, caso mereça a confiança da população, irá criar um conselho de opinião, aberto a todos quantos queiram dar a sua participação, a reunir periodicamente, para envolver as pessoas no exercício do poder. Na lista à câmara, a empresária é acompanhada pelo economista Manuel Jarego, candidato a vice-presidente, e pelos advogados João Carlos Fernandes e Pedro Reis, terceiros e quartos da lista, respectivamente. Vasco Cunha, actualmente vereador laranja, é candidato a presidente da assembleia municipal. Entre as prioridades está a política ambiental, acabando com as situações de esgotos que correm para linhas de água, fossas que não funcionam e estações de tratamento de águas residuais por fazer em várias freguesias, “dando prioridade ao que é prioritário e não realizar investimentos ao sabor de clientelas partidárias”, assegurou. Tornar a rua Batalhoz num centro comercial ao ar livre, servido por um parque de estacionamento subterrâneo na zona central da cidade, é outra proposta da candidatura de Manue-la Estêvão para estimular o comércio. Para contrariar o encerramento de empresas e o crescimento do desemprego no concelho, Manuela Estêvão advoga a rápida conclusão do parque empresarial do Bairro Falcão e a Zona Industrial do Casal Branco, “no apoio incessante aos agentes económicos”.Na educação e desporto, a candidata quer dar atenção especial ao primeiro ciclo de ensino básico, promovendo o desporto e a cidadania entre os mais novos e dotando as escolas de recintos polivalentes que fomentem a prática desportiva. A criação de um círculo cultural no Cartaxo, mantendo apoio à cultura popular e à divulgação do que é do concelho, mas apostando na cultura erudita é outra das propostas da candidatura social-democrata. Má gestão socialistaSem entrar em grandes pormenores, Manuela Estêvão deu alguns exemplos do que considera má gestão da maioria so-cialista na câmara. Como os 350 mil euros que a autarquia prevê gastar em publicidade no corrente ano, o aumento do quadro de pessoal e das horas extraordinárias, ou ainda a “megalómana” construção de infra-estruturas desportivas. “Gastar um milhão de euros em três relvados sintéticos, construídos em simultâneo, quando o estádio municipal ainda nem está acabado e custará cerca de 2,5 milhões de euros, é uma boa gestão?”, questionou.A candidata não poupou a “demagogia socialista” no que respeita à “paternidade” da construção do nó de acesso à A1 no concelho. “Importa reflectir como criar condições económicas, sociais, urbanísticas, ambientais e de segurança para que as pessoas se fixem no concelho e evitar que o Cartaxo se torne um dormitório de Lisboa, com as consequências negativas que arrasta”. Para o líder da concelhia do PSD do Cartaxo e candidato à assembleia municipal, Vasco Cunha, a candidata apresenta-se com um currículo conhecido no mundo empresarial e de intervenção na vida política. Salientando que apenas dois partidos podem ganhar as autárquicas no Cartaxo, Vasco Cunha pediu ao eleitorado para avaliarem a capacidade e os méritos próprios, o currículo e o desprendimento político das pessoas que compõem as duas principais listas a sufrágio. O presidente da Coordenadora Nacional das Autárquicas do PSD, Miguel Relvas, destacou a mulher de convicções fortes, competência, capacidade de luta e sucesso profissional para “virar a experiência de partido único no Cartaxo”.Para mais tarde fica a divulgação dos candidatos às juntas de freguesia, aquando inaugurada a sede de campanha do PSD do concelho.