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Carta de Bruxelas

O domingo quase que acabou, outra semana vai começar e assim de seguida até ao Natal Envio um convite para a minha exposição. Estou vestido com o equipamento do Torres Novas que de momento tem problemas de tesouraria. Estou pronto para, com outros torrejanos, fazer exposições para comprar equipamentos para o clube.Quem se pode ocupar disso é o Joaquim Pedro que tem uma loja de motas. O problema que existe com os equipamentos e com as exposições é a falta de organização. Também se põe um problema de clima e da hora a que abrem os cafés. Os cafés aqui, pelo menos o meu, abre às 8 horas. Antes já fui dar uma volta ao jardim e comprar o jornal, sempre o mesmo. Um jornal que se poderia dizer de esquerda, se ainda existisse esquerda em Paris.Vivo em Bruxelas mas compro um jornal francês. Na Bélgica todos os jornais são de direita, salvo o do meu Partido, que recebo pelo correio. Pago cotas para o PTB (Partido dos Trabalhadore Belgas). Claro que aqui a dificuldade é outra. Tudo o que eles dizem eu sei há dezenas de anos e eles dizem sempre a mesma coisa, porque nada mudou. O jornal que compro todas as manhas é o Liberation que já foi maoista e agora é tachista. Seguiu o mesmo itinerário do Durão Barroso.Em Santarém a seca deve secar mesmo os ossos das vacas. Vivo em contratempo, fora do tempo. Existe o dia do pai, o dia da mãe, o dia dos namorados, o dia da poesia, o dia da música, o dia do cinema mudo, o dia dos homossexuais. Com uns amigos de Lisboa vou instaurar o dia da corrupção que será, mais dia, menos dia, o dia da raça.Ao domingo está tudo fechado. Mesmo o mercúrio pára nos termómetros, não está tempo que dê para andar a cavar e muito menos para andar a engatar. Está dia para ficar em casa e escrever aos amigos. Como deitei tudo fora agora gostava de ter loiça de Santarém.Aquele grande abraço.Alexandre Saldanha da Gama

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