uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Passos trocados

Rancho folclórico da Ribeira queixa-se de falta de apoios e instalações degradadas
O director do Rancho Folclórico da Ribeira de Santarém foi queixar-se à última reunião do executivo da Câmara de Santarém da falta de apoios e das condições degradantes em que se encontra a colectividade, colocada provisoriamente em 2003 numa antiga fábrica “muito degradada”.José Manuel Menino dirigiu-se ao executivo camarário, no final da reunião de 11 de Julho, para expor a situação do rancho que dirige, lamentando que até a despesa de electricidade da antiga fábrica esteja a ser suportada pela colectividade, pondo em causa projectos como os cursos de formação que estavam em curso e que foram suspensos.O Rancho da Ribeira teve de abandonar as suas antigas instalações, na Casa da Portagem, em Fevereiro de 2003, dado o risco de derrocada do edifício, que este ano entrou em obras.O presidente da Junta de Freguesia de Santa Iria da Ribeira, Vítor Gaspar (CDU), recordou ter colocado como prioridades a instalação desta colectividade e do clube de canoagem.Na altura, a autarquia negociou com os proprietários da antiga fábrica a cedência de um espaço provisório para o rancho, através de um protocolo por um ano que foi renovado por outro, tendo chegado a encetar negociações com vista à eventual aquisição do imóvel.Para Vítor Gaspar, esta perspectiva não faz qualquer sentido, tanto pela elevada degradação do imóvel como pelo facto de a Casa da Portagem ter sido inicialmente destinada ao rancho e ao clube de canoagem.José Menino queixou-se ainda de a colectividade ter tido de utilizar o dinheiro dos subsídios regulares da autarquia para pagar as contas que a EDP lhe enviou, que, assegurou, correspondem à estimativa feita para a unidade industrial, o que totalizou já mais de 1.500 euros.Segundo disse, o rancho iniciou em 2004 um curso de formação em concertina e harmónio, que permitiu já a formação inicial de cerca de 20 músicos de vários agrupamentos do concelho.Estes formandos iniciaram ainda um curso de aperfeiçoamento e 35 outros entraram na iniciação, mas os dois cursos tiveram de ser suspensos “por falta de verbas para pagar ao formador, que vem de Penacova”.José Menino frisou o carácter pioneiro desta iniciativa, que considera agora posta em causa, lembrando que os agrupamentos têm de pagar a um acordeonista 30 euros por cada ensaio e 75 euros por cada actuação e que esta era a possibilidade de terem os seus próprios músicos.O vice-presidente da Câmara Municipal de Santarém, Manuel Afonso, que presidiu à reunião, reconheceu a “degradação muito acentuada” do edifício onde foi acolhido o rancho e recordou que existem deliberações do executivo, “tomadas por unanimidade”, no sentido de ser feita uma ampliação do Teatro Ribeirense para sede da colectividade.Quanto às questões financeiras disse desconhecer pormenores por esta ser uma situação que tem sido acompanhada pelo presidente da Câmara, Rui Barreiro, na altura de férias.Lusa

Mais Notícias

    A carregar...