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Salvaterra com biblioteca que terá “inclusão digital” para cegos

Inaugurada sábado
A Biblioteca Municipal de Salvaterra de Magos, inaugurada sábado num edifício pombalino restaurado para o efeito, vai oferecer aos cegos a possibilidade de “lerem” qualquer livro do seu espólio, disse a presidente da autarquia.Ana Cristina Ribeiro (BE) disse à Agência Lusa que a nova biblioteca, um projecto que aguardava concretização há 20 anos, aproveita “todo o esplendor” do edifício do século XVIII, introduzindo aspectos de modernidade que a tornam muito mais do que um espaço de leitura.Um dos projectos que a nova biblioteca vai acolher, “dentro de dois a três meses”, é o “Inclusão Digital”, que permitirá aos invisuais ouvirem qualquer um dos livros do espólio, já que equipamentos adaptados aos computadores fazem a leitura através de voz.Ana Ribeiro disse à Lusa que a autarquia se candidatou quando teve conhecimento deste projecto e a proposta foi aprovada.O interesse surgiu pela percepção de que os livros em Braille instalados na biblioteca municipal (a funcionar desde a década de 80 do século XX numa antiga escola primária) não eram suficientes para satisfazer um público-alvo que se foi alargando a concelhos vizinhos.Além dos livros em Braille, que a biblioteca de Salvaterra disponibiliza desde o início de 2004 graças a um protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa, a autarquia deu início ao projecto PT Voz Activa, mas, segundo a autarca, devido à procura “surgiu a necessidade de dar algo mais às pessoas”.A nova biblioteca de Salvaterra de Magos fica instalada em parte de um “belíssimo edifício pombalino”, disse Ana Ribeiro, sublinhando o facto de as adaptações realizadas terem criado um espaço “cheio de luz, muito aberto, de intensa vida cultural”, pois permite ir muito além da leitura, sem perturbar quem está a ler.Como exemplos, deu a existência de espaços para ver filmes ou televisão, ouvir música (tudo com auscultadores, de forma a poder circular-se pela biblioteca, por exemplo ouvindo música), ou a sala de leitura para crianças, com animação permanente.A obra iniciou-se após a assinatura de um novo protocolo com o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB), há um ano, que substituiu o que havia sido assinado em 1985, afirmou.Orçada em 900 mil euros, a nova biblioteca foi comparticipada pelo IPLB em cerca de 50 por cento, embora existam “alguns acertos para fazer”, adiantou.Lusa

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