Quando marca um golo faz a festa sozinho?Comemoro com toda a gente. Englobo sempre toda a equipa, porque sem a colaboração dos meus colegas não seria possível ter aquela alegria. Com a equipa técnica, porque sem os seus ensinamentos não ia muito além num jogo colectivo como é o futebol, e com os adeptos, porque vão aos jogos precisamente para nos ver marcar golos e nos aplaudirem quando os conseguimos marcar.Qual foi o golo mais esquisito que já marcou?Foi nos juvenis do Ferroviários. Num jogo em Rio Maior, rematei forte à entrada da área, a bola bateu na trave e na sua trajectória bateu-me na barriga e voltou para dentro da baliza. Foi um golo que deu uma comemoração com risota, de que nunca mais me esqueci.Tem algum ritual ao entrar e sair do campo?Entro sempre com o pé esquerdo à frente. É uma superstição. Quando as coisas não me correm bem, fico sempre a pensar se não entrei com o pé esquerdo.É mais difícil jogar nos seniores ou nos juniores?Na minha opinião é mais difícil jogar nos seniores. Nos juniores podemos brincar mais, nos seniores é tudo mais rápido e mais pressionante. Há mais responsabilidade, mais categoria e o público é muito mais exigente.Já mergulhou alguma vez para a “piscina” para enganar o árbitro?Já, mas nunca me dei bem com isso. Sou um mau actor e por isso prefiro manter-me de pé. Já fui criticado algumas vezes pelo meu treinador por não aproveitar um toque ou outro dentro da área para me deixar cair, mas como digo as vezes que o fiz não beneficiei em nada a minha equipa.Há alguma equipa que goste especialmente de ver jogar?Sou suspeito porque sou adepto do clube, mas a época passada gostava de ver jogar o meu Sporting. Em alguns jogos chegou a ser empolgante. Praticava um futebol, sexy, como dizia Ruud Gullit.Se o convidassem para jogar numa equipa mista homens e mulheres aceitava?Aceitava. Penso que seria engraçado no balneário. Penso, no entanto, que seriam as mulheres as primeiras a disinibirem-se no balneário e a estarem mais à vontade do que os homens.