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Seca arrasa produção de cereais

Previsão negra da União Europeia para Portugal
A seca extrema verificada em Portugal, a mais grave dos últimos 30 anos, vai provocar fortes quedas na produção cerealífera do país em 2005, superiores a 50 por cento em diversas culturas, segundo previsões avançadas sexta-feira pela Comissão Europeia.Com base numa “análise científica pormenorizada efectuada pela Comissão Europeia”, Bruxelas calcula que este ano a produção cerealífera na União Europeia seja inferior em pelo menos 28 milhões de toneladas aos números recorde registados em 2004, em grande parte devido aos “efeitos da seca nos rendimentos das culturas”, sendo que Portugal é um dos países mais afectados.De acordo com os dados da Comissão, Portugal Continental regista este ano o pior défice de água em terras aráveis dos últimos 30 anos (-280 mm).Região a região, os valores são também, em todos os casos, os piores dos últimos 30 anos: Norte (-340 mm), Centro (-340 mm), Lisboa e Vale do Tejo (-310 mm), Alentejo (-250 mm) e Algarve (-260 mm).Estas condições climáticas extremas deverão representar, no caso português, quebras de produção de 50 por cento no trigo mole e 57 por cento no trigo duro, relativamente a 2004, valores bem mais graves que os da média europeia (24 por cento e 5,2 por cento, respectivamente).Em relação à cevada, está prevista uma quebra de produção em Portugal na ordem dos 55 por cento relativamente ao ano transacto, o que representa igualmente um valor bem superior à média europeia (10 por cento).Quanto à cultura de arroz, a queda de produção comparativamente à média dos últimos cinco anos deverá atingir os 30 por cento em Portugal, também neste caso o país mais afectado.A Comissão indica que a área geográfica na Europa actualmente afectada pela seca é menos extensa do que a atingida pela grande seca de 2003, mas aponta que algumas regiões afectadas encontram-se em pior situação, enfrentando a Península Ibérica “as condições mais graves dos últimos 30 anos”.A Comissão lembra que, em relação a 2003, o período de seca está a ser mais longo, pois teve início em Novembro do ano passado, e adverte que se a seca continuar, a área afectada pode aumentar e o efeito dos rendimentos das culturas pode ser ainda pior.Além de Portugal, os países mais afectados pela seca são a Espanha, a França, a Itália e a região central da Grécia.Lusa

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