Custa muito deixar de fazer outras coisas para jogar ao domingo?Não. Tenho prazer em jogar ao domingo. Custa mais ir treinar depois de um dia de trabalho, mas no fim tudo se faz com vontade.Já alguma vez lhe apeteceu dar um murro num árbitro?Não. É normal que às vezes isso nos passe pela ideia, mas passa rapidamente, porque sabemos que, na generalidade, os árbitros tentam fazer o melhor.É supersticioso?Não. Não tenho qualquer preocupação com a forma de entrar ou sair do campo.Se lhe fizessem uma proposta para jogar numa equipa mista aceitava?Sim. Penso que os homens não teriam qualquer problema em jogar com as mulheres. Elas é que poderiam sentir algumas dificuldades nas marcações. Mas já vi mulheres que jogam muito bem. Era uma boa experiência. Eu podia mesmo jogar a central de marcação.Se marcasse um golo com a mão, era capaz de dizer ao árbitro?Não. Nem que fosse no final do jogo ou estivéssemos a ganhar por muitos.Hoje ainda se joga com amor à camisola?No meu caso jogo por amor à camisola e aqui no Riachense acontece isso com quase todos os jogadores. Nestas divisões um jogador que pense apenas no dinheiro não vai muito longe.Qual foi o jogo que mais marcou a sua carreira?Foi um jogo em Abrantes, no ano em que subimos à terceira divisão nacional. Estivemos a perder durante muito tempo, e já muito perto do fim conseguimos empatar com um golo de grande penalidade. Fizemos o ponto de que precisávamos, e foi uma grande festa.