A actividade económica em Portugal piorou em Junho pelo décimo mês consecutivo, de acordo com o indicador coincidente do Banco de Portugal, que se encontra negativo há três meses, revelou sexta-feira a instituição.O indicador passou de menos 0,2 por cento em Maio para menos 0,4 por cento em Junho, quando comparado com idênticos meses do ano anterior, segundo os indicadores de conjuntura do Banco de Portugal, hoje divulgados.O indicador de actividade caiu para valores negativos em Abril, depois de um abrandamento persistente verificado desde Setembro de 2004.O banco central destaca que os indicadores relativos ao consumo privado apresentaram uma evolução diferenciada, com os qualitativos a evidenciarem uma deterioração e os quantitativos a manifestarem uma melhoria.Quanto à formação bruta de capital fixo (FBCF) em construção, assinala que as vendas de cimento diminuíram 0,9 por cento homólogos no segundo trimestre, menos intensamente do que no primeiro (menos 5,0 por cento), mas o indicador de confiança na construção piorou.As vendas de automóveis ligeiros de passageiros novos aceleraram para um crescimento homólogo de 12,3 por cento no segundo trimestre, devido a um crescimento de 34,1 por cento das vendas em Junho, que deverá estar associado à subida da taxa normal do IVA.Relativamente ao investimento em material de transporte, o banco central que as vendas de comerciais ligeiros recuperaram no segundo trimestre, crescendo 1,0 por cento, enquanto as de pesados novos se deterioraram, baixando 8,6 por cento.O Banco de Portugal recorda que nos três meses terminados em Maio a produção da indústria transformadora caiu 5,0 por cento, acentuando a tendência negativa observada no primeiro trimestre (recuo de 3,9 por cento), enquanto o volume de negócios se reduziu 0,9 por cento no trimestre terminado em Maio.Indica que nos três meses terminados em Maio, o volume de negócios dos serviços reduziu-se 2,3 por cento nominais, o que compara com uma queda de 0,8 por cento no primeiro trimestre.Lusa