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Um presidente quase mestre

Gabriel Honrado, presidente da Junta de Freguesia da Pedreira, tem uma história de vida singular
Gabriel Henriques Honrado, presidente da Junta de Freguesia da Pedreira há oito anos, é um homem com uma história de vida singular e completamente contrária à da maioria das pessoas.Casou cedo, com apenas 18 anos, e a sua mulher Graciete era ainda menor (16 anos). Foi um amor de escola avassalador, com um namoro que resultou em casamento no espaço de um ano.Conheceram-se no liceu. Gabriel estava no 11º ano e Graciete no 10º ano. O casamento impediu a ida dos dois para a universidade, tendo ambos optado por formar família. Os filhos vieram logo a seguir.Gabriel, como o pai, tem hoje 29 anos e é formado em química, Helena Rita tem 26 e exerce a profissão de veterinária.Mas não se pense que a história de vida do casal acaba aqui. Já com os filhos crescidos, o casal decide terminar os estudos e inscreve-se no ensino superior. Gabriel no Instituto Politécnico de Tomar, que entretanto se tinha instalado na cidade, e a esposa em Lisboa.Pais e filhos chegaram a andar ao mesmo tempo na universidade. O presidente da junta no IPT, a mulher a tirar o mestrado em Lisboa, (depois de cursar também gestão no IPT), na mesma cidade onde a filha tirava o curso de veterinária. O filho optou por tirar química em Coimbra.O casal ia e vinha todos os dias, os filhos só se lhe juntavam aos fins-de-semana. Onde as conversas, como não podia deixar de ser, iam sempre dar aos estudos.Hoje, aos 48 anos, Gabriel Honrado é formado em gestão de empresas e falta-lhe apenas a tese de dissertação, que está a compilar, para ter o mestrado em Contabilidade e Administração.Nascido e criado na Pedreira, está ligado à junta de freguesia desde 1986. Foi secretário, fez parte da assembleia e há oito anos que tomou a rédea dos destinos da junta, preparando-se para novo mandato pelo PSD, partido de que é militante.Gosta da política, mas menos da política partidária. Costuma dizer que “política é tudo o que nós fazemos”. E por isso pensa pela sua cabeça e faz o que acha necessário para o bem estar da sua gente.Trabalhou durante 22 anos a dois minutos de casa, na Companhia de Papel do Prado. O último cargo que ali teve reportava a adjunto da direcção comercial. Hoje demora cerca de uma hora a chegar ao trabalho e trocou o escritório pelas viagens de carro que faz por todo o país, representando uma empresa de Leiria como director comercial.O emprego, o trabalho na junta e os estudos deixam pouco tempo livre ao presidente da junta. Mesmo assim ainda consegue ler alguns livros que não os da escola e de ver algum desporto, principalmente futebol. É adepto do Benfica e apesar de nunca ter ido ver um jogo à nova catedral, já lá foi almoçar, em trabalho. “Gosto do Benfica mas não sou sofredor. Não tenho camisola nem cachecol nem fui festejar a vitória do campeonato”, diz.O que lhe mantém acesa a chama são as discussões “amigáveis” que de vez em quando tem com o filho, portista convicto.

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