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Acudir-lhes antes que caiam

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CDU apresenta cinco medidas para recuperar edifícios do centro histórico de Torres Novas

Os bairros mais tradicionais de Torres Novas são o reverso das avenidas, rotundas e equipamentos de milhões. Estão degradados e a cair aos bocados.

A Rua dos Ferreiros, em Torres Novas, foi apontada pela CDU local como um bom exemplo de degradação que grassa no centro histórico da cidade. Na sexta-feira, o cabeça de lista à câmara da coligação liderada pelo PCP, Carlos Tomé, defendeu, que é imperioso elaborar um “Plano Integrado de Recuperação e Revitalização do Centro Histórico” de carácter multidisciplinar que “oriente, defina e calendarize” as intervenções municipais e particulares a executar. Para incentivar o investimento privado é proposta a redução de taxas, impostos e contribuições, à semelhança do que já foi deliberado em diversos municípios da região, Abrantes ou Barquinha, por exemplo, bem como o aumento de apoios financeiros na recuperação do edificado. Na mesma linha, defende-se o exercício pela câmara do direito de preferência nas vendas e a expropriação, no caso de recusa dos proprietários em recuperar o edificado ou por impossibilidade económica ou outras. A isto junta-se o estabelecimento de parcerias com outras entidades e a criação de estímulos financeiros, sobretudo para casais jovens. Para o exterior é defendida a construção e recuperação de largos e praças. Esta política ficaria completa com o estímulo ao comércio de bairro e a abertura de livrarias e galerias de arte, bares e esplanadas.“Torres Novas não é Lisboa, mas o Bairro Alto era muito mais degradado e com problemas muito mais graves que os bairros históricos de Torres Novas e foi possível recuperá-lo”, defende Carlos Tomé.O vereador e candidato à câmara de Torres Novas pela CDU recordou ainda que no final dos anos 80 foi criado um Gabinete Técnico Local (GTL) para salvaguarda dos centros históricos da cidade e de Lapas, aldeia limítrofe de características únicas onde a maior parte dos edifícios têm dois e três pisos. Em Lapas algumas das propostas foram executadas, mas em Torres Novas “nada foi feito”.O GTL foi extinto logo no primeiro mandato do actual presidente, António Rodrigues (PS), e depois disso “só se fizeram obras de fachada”. Fizeram-se levantamentos e ultimamente foi adjudicado novo levantamento a uma empresa privada. “Não sei qual o resultado, mas a CDU, em 2003, no decurso das jornadas autárquicas, verificou que existiu 148 edifícios em ruínas e 56 em mau estado. Dois anos depois a situação piorou”, afirmou Carlos Tomé.Na Rua dos Ferreiros, onde a CDU fez a conferência de imprensa, houve vários edifícios que ruíram nas intempéries de 1997 e do Inverno de 2000 e até agora pouco ou nada foi feito. Tal como esta via, todo o Bairro de Valverde, a zona dos Anjos, São Pedro, o Quinchoso, as ruas Alexandre Herculano ou Serpa Pinto, citando apenas algumas, são exemplos da degradação do centro histórico de Torres Novas, que as novas avenidas fazem esquecer.Margarida Trincão
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