Custa muito deixar de fazer outras coisas para jogar aos domingos?Não. Para quem gosta de jogar à bola e mete o futebol à frente de outros aspectos da sua vida pessoal, não poder ir a um bar ou a uma discoteca é um mal menor.Se marcasse um golo com a mão era capaz de dizer ao árbitro?Negava até ao fim do jogo. Não ia prejudicar a minha equipa só para ter um gesto de fair-play.Depois de marcar um golo alguma vez teve pena de um guarda-redes?Não mas respeito o trabalho deles. Têm uma missão muito ingrata porque podem estar 90 minutos sem fazer quase nada e num minuto podem manchar tudo ou sair em glória.Quais foram os melhor e pior momentos da sua carreira?Já tive alguns momentos bons, sobretudo na União de Santarém e no Amiense. Mas o melhor é capaz de ter sido a conquista da Taça do Ribatejo, a época passada, apesar de não ter feito um grande jogo. O pior foi uma lesão quando estava na União em que fiz uma rotura, estive dois meses parado e fiquei com marcas para o resto da minha vida.É do tipo brincalhão no balneário?Sou. Gosto muito de pregar partidas e também me fazem muitas. Lembro-me de uma a época passada no Amiense. O Catita apareceu num treino com um penteado à Zè Manel taxista e eu no dia seguinte fui imprimir umas fotos à intenet, fiz uma montagem e espalhei-as pelo balneário e no campo. Estas brincadeiras são importantes e dão saúde ao balneário.Como é a sua relação com os árbitros?Às vezes há sentimentos de grande injustiça mas o árbitro não volta atrás e não vale a pena estarmos a prejudicar-nos mais. Têm uma tarefa muito complicada e é preciso apoiá-los. Não acredito que eles cometam erros de propósito para prejudicar uma determinada equipa.Leva-se mais porrada no distrital ou no nacional?No nacional. sem dúvida.