A primeira e a segunda etapa são as únicas que se disputam na região de Lisboa e Vale do Tejo. As restantes oito disputam-se todas a norte e a volta termina no dia 15 de Agosto, com um contra relógio em Viseu.Na segunda etapa, disputada entre o Cartaxo e a Figueira da Foz, os ciclistas partem da capital do vinho, às 12h10, e passam por Vila Chã de Ourique, Vale de Santarém e Santarém (12h25), onde haverá uma meta volante, seguindo depois pela estrada nacional 362, com passagem por Romeira, Tremes e Alcanede. No caminho para Porto de Mós, percorridos 43 quilómetros, em Mosteiros, em plena Serra dos Candeeiros, os ciclistas terão uma contagem de quarta categoria do prémio da montanha. A chegada à Figueira da Foz está prevista para as 16h26. Este ano a representação ribatejana nesta volta está entregue a Gonçalo Amorim, ciclista do Cartaxo que corre pela Milaneza - Maia. Gonçalo está num bom momento de forma, como ficou comprovado há duas semanas quando venceu o Grande Prémio do Minho, uma das provas mais tradicionais do calendário ciclista nacional.“É óbvio que a vitória no Grande Prémio do Minho elevou o moral mas a minha missão na volta será completamente diferente”, disse o ciclista ao nosso jornal, explicando que, como habitualmente, a sua função será trabalhar para os chefes de fila, este ano o espanhol Francisco Perez.O ciclista ribatejano, 27º classificado na edição de 2004 e 36º em 2003, vai ter o dorsal número três e não renega a possibilidade de uma pequena surpresa (a vitória) na primeira etapa, que antecede a partida da sua terra, no começo da segunda etapa. “Poderá acontecer e ficaria muito satisfeito se isso acontecesse, mas não posso dizer que esse seja um grande objectivo. Importante mesmo é contribuir para que a equipa ganhe individual e colectivamente”, frisou Gonçalo Amorim. Em sua opinião, esta é uma edição atípica da Volta a Portugal, sobretudo porque não terá nenhuma chegada na Serra da Estrela, apesar de os ciclistas a subirem por duas vezes. A etapa da Senhora da Graça (8ª), com quase 200 quilómetros e muita montanha, e o contra-relógio em Viseu, no último dia, são para Gonçalo Amorim as suas etapas decisivas, embora numa prova de dez dias seja importante estar sempre bem.Renato Silva, igualmente do Cartaxo e da Milaneza - Maia, também foi seleccionado pela sua equipa para participar na competição, mas uma virose afastou-o da prova. Um azar na pior altura da época que faz com que o atleta não treine há três semanas, o que, obviamente, impede que participe na volta.O pelotão da 67ª edição da Volta a Portugal em bicicleta, a disputar de 5 a 15 de Agosto, vai contar com um total de 151 ciclistas de 17 equipas, 10 portuguesas e sete estrangeiras.