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O autarca artesão

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Firmino Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros
Firmino Oliveira nasceu em Vaqueiros, mora em Santarém e trabalha em Benavente. Tem uma vida movimentada este autarca da CDU que já cumpriu quatro à frente da freguesia mais pequena do concelho de Santarém mas que tem vontade de ser eleito para mais um.Com 48 anos, Firmino Oliveira é casado e tem um filho. É professor efectivo de educação tecnológica na Escola EB 2/3 Duarte Lopes, em Benavente e diz que nunca teve uma vida fácil.Durante 12 anos foi operário metalúrgico e sindicalista em Alcanena. Como não via a vida a andar para a frente candidatou-se a professor de trabalhos oficinais, função que exerceu 18 anos como contratado. Durente todo esse tempo viveu como um saltimbanco, “com a casa às costas”, como diz. Ao mesmo tempo foi estudando. “Tenho o bacharelato em educação tecnológica. Só faltam três cadeiras para concluir a licenciatura”, explica.Sempre foi um homem de esquerda e do PCP, partido a que aderiu em Dezembro de 1974, meses depois de revolução dos cravos. Um militante comunista que é baptizado e casou pela igreja. “Só posições extremistas separam as duas ideologias, a católica e a comunista” afirma, apelidando-se de “católico não praticante”.Por acaso ou não, a última partida de futebol a que assistiu ao vivo foi um Portugal-União Soviética, na década de oitenta. “Na altura era adepto da URSS”, admite.O Alviela Futebol Clube Vaqueirense (AFCV) é o clube do coração de Firmino Oliveira. Já foi simpatizante do Benfica, mas o interesse esmoreceu com a “guerrinhas do futebol”.O seu gosto pelo desporto rei vem dos tempos em que era defesa esquerdo do AFCV. Uma autêntica “carraça” lembra, ao mesmo tempo que acrescenta que tem a mesma postura na política. Num jogo em Alburitel recorda-se de um adversário já ter passado por ele em duas ocasiões. “À terceira não levou a melhor e, quando me tentou passar a bola entre as pernas, sentei-me em cima dela”. Entre sorrisos afirma que também era um bocado “caceteiro”. Aplicava a regra clássica do “se passa a bola não passa o homem”.Em paralelo com a actividade autárquica e o ensino, Firmino Oliveira é um artesão de brinquedos tradicionais, candeeiros em palhinha e outros objectos em madeira, tendo restaurado um antigo palheiro em Vaqueiros, a Casa da Eira, galeria e atleliê. “Com seis ou sete anos andava sempre com um canivete a cortar canas e a moldar latas para fazer brinquedos”, recorda. O primeiro carrinho que construiu foi feito à base da vedação do galinheiro da mãe. Era um carrinho de arame.Durante os tempos livres, Firmino Oliveira gosta de desfrutar da paisagem local para praticar BTT e fazer caminhadas pedonais nos trajectos em redor do Alviela. Com menos exigência física gosta de se actualizar com uma leitura dos jornais, além de “decifrar catrapázios” técnicos sobre electricidade. Na televisão vê as notícias e pouco mais. Na segunda quinzena de Agosto Firmino de Oliveira vai para sul. Participa habitualmente na Fatacil - Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa. Certame onde expõe as suas peças de artesanato. O dinheiro que ganha “paga as férias da família na praia”.
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