Uma empresa sedeada na Suíça começou em Julho de 2004 a dar um destino às cinzas das pessoas cremadas. Com uma tecnologia russa este processo é único no mundo e chegou agora a Portugal, com escritórios na Charneca da Caparica, que começam a funcionar em pleno em Setembro. No entanto a empresa Algordanza (que significa lembrança em romansh, língua minoritária da Suíça) já produziu três diamantes para clientes portugueses. Segundo o director geral da Algordanza Ibérica, em Barcelona (Espanha), Pedro Loupa, os diamantes foram para Coimbra, Lisboa e Porto. Mas o responsável acrescenta que tem havido bastantes contactos através de e-mail e telefone, que as pessoas obtêm na página da Algordanza na internet em www.algordanza,ch.Pedro Loupa esclarece que a empresa está a fazer parcerias em Portugal para arrancar com o serviço em força no nosso país e explica que o processo de transformação demora 5 a oito semanas. A empresa vai buscar as cinzas a casa dos clientes e envia-as para a Suíça. É mantido um contacto telefónico permanente, informando as pessoas da fase em que se encontra o processo. No final o diamante é entregue em casa por um valor entre os 3.700 e os 15 mil euros, dependendo do peso. A empresa faz diamantes entre 0,3 quilates a 1 quilate. Para produzir os diamantes sintéticos, as cinzas humanas são purificadas, depois aquecidas e colocadas, sob intensa pressão, num centrifugador, durante três a quatro semanas. Os cristais do diamante surgem como na natureza. Excepto que neste caso não é preciso esperar milhões de anos, apenas algumas semanas. Criados com este método, os diamantes assumem uma coloração azulada, o que os torna ainda mais especiais porque são idênticos às versões mais raras encontradas na natureza.