O candidato reformado
Presidente da Câmara de Alpiarça já pertence à classe dos aposentados
O actual presidente da Câmara de Alpiarça e recandidato a novo mandato passou à situação de aposentado desde o passado mês de Julho. Rosa do Céu não explica porquê mas tudo indica que quis acautelar os direitos que o Governo do seu partido acaba de restringir com a publicação de nova legislação ignorando os conselhos do actual ministro da Solidariedade e do Trabalho, Vieira da Silva.
Joaquim Rosa do Céu, o presidente da Câmara Municipal de Alpiarça, passou à situação de reformado desde o passado mês de Julho. A aposentação de Rosa do Céu, com 54 anos, foi anunciada em Diário da República do passado dia 30 de Junho juntamente com outras centenas de pessoas que a partir da mesma data passaram “a ser abonados da respectiva pensão pela Caixa Nacional de Aposentações”.Com a nova legislação que entretanto foi publicada Rosa do Céu terá sido mais um dos portugueses que quis acautelar direitos que o Governo de José Sócrates entretanto restringiu e que vão afectar milhões de portugueses. Joaquim Rosa do Céu ficou a ganhar da Caixa Nacional de Pensões, desde Julho passado, uma reforma de 2.537 euros. Tendo em conta que exerce o cargo de presidente da Câmara de Alpiarça, e que está quase em fim de mandato, é provável que tenha renunciado à reforma e se mantenha com o vencimento relativo ao cargo que exerce.As verdadeiras razões que terão levado Joaquim Rosa do Céu a pedir a reforma em final de mandato, e já depois de ter anunciado que se recandidatava às próximas eleições autárquicas de 9 de Outubro, não são conhecidas publicamente nem, segundo parece, Rosa do Céu tem interesse em divulgar. O MIRANTE contactou o actual presidente da câmara para que respondesse a algumas questões mas a sua resposta foi negativa ( ver caixa ao lado). Num meio pequeno, como é o caso de Alpiarça, a situação de aposentação do presidente foi conhecida de imediato e pela vila circularam fotocópias onde se provava a veracidade da notícia. A verdade é que ninguém queria acreditar que Joaquim Rosa do Céu, depois de quase oito anos de mandato como presidente da câmara, e disposto a voltar a disputar uma batalha eleitoral, o quisesse fazer na condição de reformado. Mas é mesmo assim que vai acontecer. Curiosamente, Rosa do Céu não ligou ao que o actual ministro da Solidariedade e do Trabalho, Vieira da Silva, anda a apregoar aos portugueses dizendo nomeadamente que “a legislação vai num sentido de defesa de protecção social e não tem outro objectivo que não esse”; que “as pessoas que tiverem atitudes precipitadas poderão ser penalizadas de forma significativa na sua pensão”, aconselhando ainda os cidadãos portugueses “a estudarem bem a legislação que entretanto vai ser publicada para verificarem que só ganham em não abandonarem precocemente o seu posto de trabalho.
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