uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Dar espectáculo respeitando a tradição

O Grupo de Danças e Cantares da Chamusca e do Ribatejo nasceu em 1985, pela mão de Maria José Caramujo, para responder a uma necessidade de preservação das tradições culturais da Chamusca e do Ribatejo. Numa altura em que o grupo está a comemorar as bodas de prata, a história é contada por Paulo Vicente, músico da tocata há 21 anos e actual presidente da associação que tem o nome do grupo.Paulo Vicente acedeu falar mas quis deixar logo no início da conversa um esclarecimento, que só demonstra a grande admiração que tem pela fundadora e ainda ensaiadora. “A Maria José Caramujo é a mãe, a alma, a ensaiadora e grande impulsionadora de toda a actividade. Sem ela o rancho já não existia. Eu e todos os que representaram o grupo temos por ela um carinho e uma amizade que não se consegue descrever”, garantiu.Segundo Paulo Vicente, os 25 anos de vida do grupo não têm sido fáceis, as ajudas são muito poucas, as entidades oficiais não olham o folclore com a mesma intensidade que olham para outras manifestações. “Nos últimos tempos tem sido o trabalho de uma grande parte dos elementos do grupo no restaurante durante a festa da Semana da Ascensão que contribui decisivamente para a manutenção da actividade”.O Grupo de Danças e Cantares da Chamusca e do Ribatejo interpreta danças e músicas oriundas da Chamusca e de todo o Ribatejo. Quase sempre danças com muita vivacidade, cor e alegria. A Choutiça, o Vira, a Moda de dois paços e o Fandango, são modas bem ribatejanas tocadas e dançadas com muita vibração pela meia centena de elementos que actualmente compõem o rancho. A maior parte das músicas interpretadas pelo grupo foram escritas por dois grandes músicos já falecidos. Mestre Julião e José de Sá, que deixaram uma vasta colecção de música folclórica da sua autoria.O Grupo de Danças e Cantares da Chamusca e do Ribatejo realiza cerca de 30 actuações por ano em Portugal, é hábito receber convites para se deslocar ao estrangeiro, mas os custos são elevados e os subsídios para as viagens não chegam para essas aventuras. “Apesar disso o Grupo já se deslocou por quatro vezes a França”, referiu Paulo Vicente, que acrescentou que, ainda este ano, tiveram que recusar um convite para actuarem na Roménia.O Grupo de Danças e Cantares possui estatutos próprios, cumpre todos os requisitos próprios do folclore, está filiado na Federação Nacional de Folclore, é reconhecido como um bom veículo de cultura pelo INATEL e pelo Instituto Português da Juventude. A Câmara e a Junta de Freguesia da Chamusca reconhecem-lhe méritos e a representação das tradições do concelho com uma grande dignidade. “Mas isso infelizmente não chega para que os apoios estejam de acordo com todos estes reconhecimentos”, afirmou o presidente da associação.

Mais Notícias

    A carregar...