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Acidentes de trabalho matam quatrocentos por ano em Portugal

Segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho
Cerca de 2,2 milhões de pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido a acidentes no trabalho ou a doenças relacionadas com a profissão, segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).Em relação a Portugal, o relatório, que cita dados de 2001, refere que foram comunicados à OIT 368 acidentes laborais fatais, mas a organização estima que tenham ocorrido 414.O documento, que será divulgado no 17º Congresso Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho, a realizar em Orlando, Florida, mostra que os acidentes laborais fatais estão a diminuir nas nações industrializadas, mas a subir na China e em muitos países em desenvolvimento da América latina.Quanto a acidentes que tenham provocado ausências ao trabalho superiores a três dias, a OIT calcula para Portugal uma média de 316.228 casos.No que se refere a doenças profissionais mortais, Portugal registou 3.564 casos, além de 857 casos de mortes provocadas por substâncias perigosas.A China tem um quarto do total das estimativas de acidentes mortais (90.295), mas, notou Jukka Takala, do Departamento de Segurança da OIT, é o pais com a maior força laboral do mundo, calculada em mais de 740 milhões de pessoas.Deste total, Macau contribui com 216.700 trabalhadores e 23 acidentes mortais.Os cerca de 351.000 acidentes de trabalho fatais que se calcula terem ocorrido em 2001 representam um ligeiro acréscimo aos números apurados em 1998, com a China a aumentar 33 por cento e a América Latina a registar um crescimento de 22 porcento.No entanto, responsáveis da OIT sublinham que parte do aumento de casos deve-se a uma melhoria na recolha da informação.O relatório afirma que 80 por cento dos acidentais laborais fatais atinge os homens, uma vez que as ocupações consideradas perigosas são esmagadoramente exercidas por trabalhadores do sexo masculino.Os acidentes são tendencialmente mais fatais para os trabalhadores idosos do que para os mais novos, mas o relatório refere que anualmente morrem 22.000 crianças-trabalhadoras em todo o mundo.O relatório da OIT contraria também o argumento de que as companhias e os países mais pobres não se podem dar ao luxo de medidas de segurança e de saúde para os trabalhadores para se manterem competitivas.“A escolha de uma estratégia de sobrevivência, de segurança baixa e de baixo rendimento poderá não levar a uma maior competitividade e ou sustentabilidade”, afirma-se no documento.Lusa

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