Três estreantes e dois repetentes vão tentar conquistar o município de Santarém no dia 9 de Outubro. O actual presidente da câmara da capital de distrito, o socialista Rui Barreiro, vai tentar inverter a tendência de perda de votos que o PS vem registando nas últimas autárquicas – cerca de cinco mil entre 1993 e 2001 – que redundou na perda da maioria absoluta no executivo.Não se adivinha uma tarefa fácil, a julgar pelas sondagens já publicadas, até porque a concorrência é de peso. O PSD, à semelhança do que aconteceu em 2001, preferiu apoiar um independente a avançar com um candidato ligado ao “aparelho”. O mediático Moita Flores tem a responsabilidade de tentar roubar pela primeira vez a câmara aos socialistas. Igualmente com legítimas expectativas num bom resultado surge a CDU, com a repetente Luísa Mesquita a apostar no reforço da melhor votação de sempre (em 2001) que rendeu à coligação, pela primeira vez, dois lugares num executivo composto por nove elementos. Se for alcançado o objectivo, poderá estar mais uma vez confiado à CDU o papel de fiel da balança no próximo mandato.CDS/PP e Bloco de Esquerda tentam pela primeira vez alcançar representação na vereação. O líder distrital dos populares e ex-deputado, Herculano Gonçalves, depois de duas fracassadas tentativas de chegar à Câmara de Alcanena, de onde é natural, aposta agora na capital de distrito. A sua estratégia tem passado por tentar fidelizar o eleitorado conservador. Dia 9 de Outubro se verá se tem êxito.Já o Bloco de Esquerda aposta na jovem professora Ana Prata, que procura traduzir em voto o capital de simpatia que a sua força política habitualmente tem junto de algum eleitorado. A tarefa é espinhosa. Santarém é sociologicamente um concelho de esquerda mas a concorrência é muita.