uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Seis candidatos a jogo

Os 38.519 eleitores inscritos no concelho de Tomar vão, nestas autárquicas, poder escolher quem querem ver na cadeira do poder entre seis candidatos. O grande aliciante é que, pela primeira vez no concelho, concorre uma lista independente, para além dos habituais partidos – PS, PSD, CDU, CDS/PP, e Bloco de Esquerda. Como é que esse facto pode baralhar as contas finais é a questão que muitos lançam e cuja resposta está nas mãos dos eleitores.António Paiva parte com o favoritismo dado por algumas sondagens e pela projecção mediática – para o bem e para o mal – de ser o actual presidente. A fasquia é nova maioria absoluta. A favor tem alguma obra feita – piscinas, pavilhão desportivo, requalificação do estádio municipal – e como principal ónus o atraso na reabilitação da zona do Flecheiro, no âmbito do programa Polis.Para tentar chegar novamente ao poder, o PS foi buscar Carlos Silva, um ex-presidente de junta (Santa Maria dos Olivais), para liderar a sua lista à câmara. Os socialistas de Tomar esperam pelo menos manter a votação de há quatro anos (22,5 por cento), continuando com dois vereadores no executivo. Mas as divisões no seu seio mantêm-se e geralmente não são prenúncio de boas notícias.Para mais tendo em conta que a lista independente é encabeçada por Pedro Marques, ex-presidente do município eleito precisamente pelo PS, que esteve na câmara até 1997. Os Independentes por Tomar contam ir buscar votos ao eleitorado tradicionalmente de esquerda, potenciando também a boa imagem de António Rosa Dias, número dois da lista e ex-vereador da CDU. Mas também não descura angariar votos à direita apostando no desgaste da imagem do actual presidente para conseguir, pelo menos, um lugar de vereador.O CDS/PP apresenta um candidato jovem e sem experiência política. Manuel Delgado é virgem nestas andanças mas conta na sua lista com pessoas experientes e influentes no concelho. Fazer algo mais do que nas últimas autárquicas, onde teve apenas 3,1% dos votos, é o objectivo principal.A cara mais jovem da campanha é a da CDU. Sílvia Serraventoso, a única mulher a concorrer à cadeira do poder em Tomar, combate o handicap da idade (ainda não tem 30 anos) com a experiência já adquirida como deputada municipal. A captação de eleitorado mais jovem pode valer o regresso da coligação ao executivo, de onde foi arredada em 2001. Contra o “voto útil” concorre o Bloco de Esquerda. Jorge Gonçalves quer tirar o BE do último lugar da lista (2,6 por cento dos votos em 2001) apelando à irreverência e inconformismo da juventude.

Mais Notícias

    A carregar...