uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Uma freguesia renovada

Uma freguesia renovada

Estabelecimentos de ensino escolar a pré-escolar da Póvoa de Santarém estão cheios

O cenário de desertificação que se vive em muitas freguesias do concelho passa ao lado da Póvoa de Santarém. Não faltam equipamentos básicos de apoio à família e as escolas estão cheias.

Quem passa pela Póvoa de Santarém nota que se trata de uma terra com movimento, ou não fosse atravessada ao meio pela Estrada Nacional (EN) 3. Os carros, camiões e tractores passam a toda a hora, agora com menos velocidade, devido à presença dos semáforos com accionamento por velocidade, bem no centro da povoação.Atrás da EN 3 vem uma actividade comercial intensa. Como local de passagem a Póvoa de Santarém tornou-se também local de paragem para muitos. O que levou à criação de quatro restaurantes, cafés, um talho, peixaria, padaria, mini-mercado, a até stands de viaturas usadas e de máquinas agrícolas. O posto de combustível na saída para Santarém é outro motivo de movimento e actividade económica. Mas a Póvoa não é só comércio. A agricultura ainda se faz sentir, com a cultura da oliveira, de onde nasce o premiado azeite Vale de Lobos, mas também a beterraba, o milho, os vinhos da Quinta da Ribeirinha.Equipamentos básicos também não faltam. A creche, que alberga crianças dos três meses aos três anos, está na localidade vizinha do Verdelho mas serve bem a procura da freguesia. O jardim-de-infância foi inaugurado há um ano e os 25 lugares estão cheios, havendo já uma lista de espera. A escola de ensino básico, com duas salas, alberga cerca de 30 alunos.Com os mais velhos da freguesia também há preocupação. O centro de dia acolhe idosos da Póvoa e de Achete. O posto médico recebe duas a três visitas por semana de um médico e de uma enfermeira, que consultam os utentes em horários normais. Está ainda a caminho a transformação do centro de dia em centro de noite com capacidade para 40 idosos e apoio a outros 20 em deslocação domiciliária. A junta já apresentou o projecto na Segurança Social, enquanto se prevê a construção de um lar de idosos privado dentro de um ano.Por estas e outras razões o presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santarém, António João Henriques (PS), afirma, peremptoriamente, que a sua terra tem a melhor qualidade de vida e condições para a instalação de mais famílias, a seguir à sede de concelho. As acessibilidades são boas, com entradas por norte e sul através da EN3 que traz, como inconveniente, intenso tráfego de carros ligeiros e pesados. Há alguns anos teve ser a junta a comprar um imóvel, para depois o demolir e alargar a estrada bem no centro da freguesia. Uma nova zona de construção de vivendas e quintinhas está a nascer no Casal Barreto e no Rosal, zonas que, com o crescimento habitacional, podem começar a chamar-se de lugares da freguesia, principalmente destinadas a primeiras habitações.A maior carência da freguesia é o saneamento básico. Mas deverá sê-lo por pouco tempo. Em 2006 deverá arrancar a construção da rede de esgotos e a estação de tratamento de águas residuais através da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo.O turismo tem a sua quota-parte na quinta Vale de Lobos, onde viveu Alexandre Herculano, mas também na Quinta da Ribeirinha, com restaurante típico e prova de vinhos.“Os Leões” da Póvoa de Santarém têm apenas em funcionamento a equipa de futebol de veteranos, juntando-se à Associação de Caçadores da Póvoa de Santarém e ao centro de solidariedade social no desenvolvimento de actividades desportivas, sociais e culturais.Com cerca de 700 habitantes, a Póvoa de Santarém dista oito quilómetros da sede de concelho. Faz fronteira com as freguesias de Romeira, Azoia de Baixo, Achete, Alcanhões e Salvador.A terra foi, em tempos, designada de Póvoa dos Galegos, quando os habitantes das Beiras até ali viajavam para trabalhar nos campos. Mas acabou por mudar de nome para Póvoa de Santarém em 1925, quando Agostinho Duarte, um abastado lavrador cansado de ser gozado por vir da terra dos “galegos”, a designou por Póvoa de Santarém. Muito antes, até 1673, a Póvoa pertencia à Azoia de Baixo. Mas acabou por se desanexar e cresceu bem mais que a terra vizinha.António João Henriques abandona a junta ao fim de 16 anos, mas mostra orgulho na obra feita, como a sede de “Os Leões” da Póvoa, a criação do recinto de festas, que trata como “Pátio das Cantigas”, e a aquisição de um terreno onde o próximo executivo pode construir um pavilhão gimnodesportivo.Ricardo Carreira
Uma freguesia renovada

Mais Notícias

    A carregar...