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Rui Barreiro responde a carta aberta de João Correia

Raramente respondo às diversas tomadas de posição e aos artigos de opinião publicados na Comunicação Social sobre as actividades ou a gestão da Câmara Municipal de Santarém.No entanto, o tempo e as circunstâncias da publicação da carta aberta do Dr. João Correia, na edição de 07 de Setembro de O MIRANTE, levou-me a considerar que, neste caso em concreto, a excepção devia prevalecer sobre a regra.Conhecendo Santarém há quase meio século e parecendo que não lhe é indiferente o rumo do seu desenvolvimento, pena é que o signatário só dê a palavra ao seu espírito inquieto num tempo de eleições autárquicas e apoiando uma lista onde consta uma sua filha.Como natural do concelho e, principalmente, como autarca, conheço bem esta terra, sei das suas riquezas e potencialidades, bem como da determinação das suas gentes. Conheço os progressos dos últimos trinta anos e também não ignoro os estrangulamentos e os desafios que enfrentamos pois, ao contrário do que se afirma, temos os diagnósticos e as estratégias para desenvolver Santarém (por exemplo, recomendo que consulte o Plano Estratégico da Cidade, os relatórios do Plano Director Municipal ou a Carta Educativa do Concelho). Certamente que será a falta de tempo que não lhe tem permitido consultar estes e outros documentos.Na sua carta aberta o Dr. João Correia enveredou pelo “bota-abaixo” e, portanto, de pouco lhe interessa ver Santarém pela positiva. Julgo que o objectivo da sua carta foi mais fazer propaganda a favor de outra candidatura do que contribuir para um debate a favor do desenvolvimento de Santarém.Ao “bota-abaixo” do Dr. João Correia, poderia contrapor as obras feitas para melhorar as acessibilidades, apesar de ainda não termos conseguido melhorar todas e algumas das mais importantes serem da responsabilidade da Administração Central ( como é o caso da EN362 ou da variante à EN3).Ao signatário da carta pouco interessará conhecer o muito que fizemos no saneamento, na cidade e nas freguesias, na construção de 95 fogos de habitação social, na recuperação do Largo do Seminário e do Teatro Sá da Bandeira, na beneficiação de diversos arruamentos do Centro Histórico de Santarém ou no elevado investimento efectuado para valorizar a zona ribeirinha do Tejo na Freguesia de Santa Iria.Pelos vistos, o Dr. João Correia só conhece como espaços desportivos do concelho os campos da Escola Superior Agrária. Valeria a pena que desse um mergulho no moderno Complexo Aquático, em funcionamento há cerca de três anos, que conhecesse o projecto do Parque Desportivo Municipal, cuja empreitada está a decorrer na Quinta do Mocho, que visitasse o novo Pavilhão Desportivo da Escola D. João II ou as obras do futuro Pavilhão Desportivo da Escola Mem Ramires ou, ainda, só para citar dois exemplos fora da cidade que conhecesse as excelentes instalações do novo Polidesportivo da Romeira e do Clube Desportivo Amiense.Para o signatário a conclusão da Rua O - acesso sul à cidade - é coisa menor e, provavelmente, também o maior volume de investimento de sempre apoiado com fundos comunitários, efectuado neste mandato, não passará de coisa sem significado.. Se não tivéssemos aproveitado integralmente os meios da União Europeia postos à disposição do Município, seríamos acusados de desperdiçar meios. Como os nossos opositores não podem ir por aí, desvalorizam a obra feita.Mas não foi só com muita obra física que construímos este mandato. São diversos os programas que o Município executa para apoiar os alunos do ensino básico, a população idosa, os carenciados e as minorias étnicas. Seria fastidioso enumerar aqui todas as acções desenvolvidas nestes campos, mas basta consultar os relatórios periodicamente remetidos à Assembleia Municipal para se confirmar que as minhas afirmações não são propaganda.Quanto à comparação de Santarém com outras capitais de distrito, ela deverá ser feita com base em dados objectivos e não em opiniões pessoais. Se se consultar os indicadores do INE verifica-se, por exemplo, que Santarém está acima de outras capitais no que respeita ao poder de compra, ao abastecimento de água, ao tratamento de águas residuais ou dos resíduos sólidos. Mas, também, tal acontece nalguns indicadores da saúde, do emprego ou do investimento em actividades culturais.O “bota-abaixo” e as afirmações bombásticas podem impressionar, mas são, geralmente, o manto da demagogia para disfarçar a falta de propostas concretas, viáveis, credíveis.O candidato à Câmara Municipal de Santarém que o Dr. João Correia apoia, perante as dificuldades financeiras que o Município enfrenta, veio afirmar que resolveria o problema da dívida em 100 dias. Afinal, soube-se depois, que os primeiros 100 dias eram só para arranjar uma solução para o problema!Santarém precisa de soluções e não de meras intenções! O Presidente da Câmara Rui Pedro de Sousa Barreiro

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