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Grupos estrangeiros na corrida à Compal

Negócio da empresa de Almeirim pode chegar aos 500 milhões de euros

Três empresas estrangeiras e duas portuguesas estão na corrida à compra da Compal, a empresa de sumos e néctares do grupo Nutrinveste, instalada em Almeirim. O negócio deverá ser fechado até final do ano.A empresa de capital de risco internacional 3i já entregou a primeira proposta para a compra da Compal, concorrendo com a Coca-Cola e com a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCCB), segundo noticiou o Diário Económico.

Fonte ligada à Compal confirmou também a O MIRANTE que a empresa de bebidas espanhola J. Garcia Carrión e a italiana Juver estão igualmente interessadas no negócio. Segundo a mesma fonte, as propostas dos interessados situam-se entre os 300 e os 500 milhões de euros. A possibilidade da empresa de Almeirim poder ser adquirida por um grupo estrangeiro está a preocupar o partido ecologista “Os Verdes”, que quer saber se os direitos dos trabalhadores da Compal ficarão salvaguardados.A deputada Heloísa Apolónia entregou na segunda-feira na Assembleia da República um requerimento em que pede explicações ao ministro da Economia e Inovação sobre a venda da Compal.“Os Verdes” querem saber que garantias serão dadas aos trabalhadores na manutenção dos seus postos de trabalho, tendo em conta a “tendência de deslocalização de unidades de produção para fora de Portugal”.A empresa assume uma grande importância para a economia nacional, mas também para a economia local, sobretudo em Almeirim. Além de ser o grande empregador do concelho, a Compal contribui também para o escoamento de produtos de origem regional, como tomates e pêssegos.O presidente da Câmara Municipal de Almeirim, José Sousa Gomes, também já manifestou a preocupação em relação à venda da Compal, mas mostrou-se convencido de que mesmo com a mudança de proprietários a situação dos trabalhadores não sofrerá alterações.

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